SAXON - Carpe Diem - 2022

 RESENHA / CRÍTICA


SAXON - Carpe Diem - 2022
Lançamento: 04.02 / Heavy Metal / País: Inglaterra

Os britânicos do SAXON lançam seu 24º álbum, e nele, a banda traz o "mais do mesmo" de uma fórmula vencedora encontrada pelo grupo há mais de 25 anos, mais precisamente no álbum "Dogs of War" (1995), porém mantendo a sonoridade muito aproximada, principalmente, dos últimos lançamentos: "Sacrifice" (2013), "Battlering Ram" (2015) e "Thunderbolt" (2018), todos ótimos por sinal. 

"Carpe Diem" não inova, não ousa e muito menos surpreende quem é fã da banda ou um amante do Heavy Metal Europeu. Aliás, a produção do álbum, curiosamente, parece ter sido tirada da mesma matriz de bandas atuais do velho continente, com aquele som genérico de bateria, timbres de guitarras e tudo o mais. De fato, a banda se autoplagia em muitos momentos, mais notavelmente nos vocais de Biff Byford que, apesar de ser um dos melhores cantores da história do Heavy Metal e até do Rock mundial e ter um timbre de voz incrível, principalmente hoje em dia, no auge de seus 71 anos, é fato que vem repetindo melodias constantemente. Muitas faixas, em suas estrofes, repetem linhas vocais de músicas de álbuns anteriores, as diferenciado apenas nas pontes e refrãos.

Aí você lê tudo isso e pensa: "O cara odiou álbum!"... NÃO! Eu adorei! Se a fórmula vem funcionando e gerando ótimas músicas, então que seja! O SAXON é uma daquelas banda que se mantém fiel a sua sonoridade e eu respeito isso, desde que me satisfaça como ouvinte e fã da banda, porque às vezes, ousar e tentar inovar demais acaba sendo um tiro no pé. 

"Carpe Diem" é um dos melhores lançamentos de 2022. Tudo aqui soa fantástico, os riffs de guitarras são sensacionais, baixo marcante e uma bateria firme e bem pesada. O que esses senhores sessentões e setentões (com exceção de Nibbs Carter) conseguiram fazer aqui, muito menininho cheio de energia e técnica consegue fazer hoje em dia. "Carpe Diem" é uma aula de Heavy Metal e SAXON uma ótima referência para toda uma nova geração de músicos e headbangers que queiram mergulhar no estilo. Pois é, vem sendo uma constante estas bandas veteranas aparecerem de tempos em tempos mostrando e nos relembrando de como se faz. O que será de nós quando elas acabarem?

As minhas favoritas: "Age of Steam", "Dambusters", "Remember the Fallen", "Super Nova", "Lady in Gray", "All for One" e "Black is the Night".

NOTA -  ⭐/5

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