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Mostrando postagens com o rótulo 2013

[Resenha] SASTRAS - "Chacal: Em Busca do Destino" EP (2013)

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O que trago a vocês hoje é um dos melhores e também injustiçados trabalhos já lançados no Brasil. "Chacal: Em Busca do Destino", o EP da banda gaúcha SASTRAS, traz 4 faixas calcadas no power metal lembrando uma mistura de HELLOWEEN, GAMMA RAY e IRON MAIDEN, porém cantadas em ótimo português, o que deixa a coisa interessantíssima, pois as letras são fenomenais, com palavras muito bem escolhidas e muito bem encaixadas, deixando a audição muito natural e viciante, coisa muito difícil de acontecer, quanto mais no metal. Obviamente, a maior parte do mérito por esta façanha é da vocalista NATHY PFÜTZE, que tem uma técnica absurda e uma voz poderosa, ao estilo de vocalistas como DORO PESCH (Doro) e DANI NOLDEN (Shadowside). Ela deixou para traz a voz suave e lírica de singles anteriores, e com a ajuda na produção vocal de ninguém menos que IURI SANSON (Hibria), colocou a goela pra fora e conseguiu um resultado fenomenal a elevando, em minha opinião, a uma das melhores cantora...

[Resenha] DEVACHAN - "Andarilho" EP (2013)

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O DEVACHAN é uma banda de metal tradicional do interior de São Paulo, e tem como característica principal as letras cantadas em português. Em 2013 a banda lançou seu primeiro EP, "Andarilho", e estão em produção de seu primeiro full-length. O problema de se cantar heavy metal em português, é que as escolhas de palavras e melodias tem de ser bem acertadas, pois nossa língua não é tão melódica quanto o inglês para esse estilo, porém, muitas bandas conseguem fazer isso, e as admiro, apesar do português casar melhor com o rock. Enfim, é uma questão bem contraditória e sem uma regra definitiva... "Andarilho" tem 6 boas composições, porém a produção está muito abaixo do nível de gravações atuais. Infelizmente, apesar de bem executadas, as músicas perdem muito em qualidade por conta da gravação, o que me leva a pensar que a banda devia ter encarado este trabalho como uma "demo". Me lembra muito as gravações do final dos anos 80 e começo dos 90 de bandas...

[Resenha] ATTRACTHA - "Engraved" EP (2013)

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Como é bom ouvir um trabalho como este, bem produzido, bem tocado e que transpira bom gosto. O ATTRACTHA realmente deixa muito boa impressão em apenas 4 faixas do EP "Engraved", onde o grupo mistura elementos do heavy metal, hard e até do grunge. Estava muito curioso para ouvir este trabalho e agora vejo que minha intuição era acertada. Já na primeira faixa, " Darkness ", a banda já entra com um riff matador e uma pegada venenosa para logo em seguida entrar a grande voz de MARCOS DE CANHA, que em todo o trabalho esbanja muita técnica e feeling, alternando entre o vocal limpo e drives muito conscientes, o cara realmente canta pra caramba, gosto de ouvir caras assim, cantores! E já aproveito para destacar o guitarrista RICARDO OLIVEIRA,   que também é outro "monstro", com pegada e solos que lembram guitarristas como ROY Z e ADRIAN SMITH, criativo e com muita sensibilidade, com aqueles solos que falam com você. Aliás, a música seguinte, " The...

[Resenha] ROSA TATTOOADA - "XXV" (2013)

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Não é a toa que o ROSA TATTOOADA levou várias "estatuetas" na nossa votação dos Melhores de 2013 . O álbum "XXV" é simplesmente um grande petardo e deu uma grande visibilidade e revigorada nesta banda que é um dos ícones da cena gaúcha e brasileira. Foram 7 anos sem lançar um álbum completo, apenas singles e videoclipes, além da mudança na formação com a entrada de VALDI DALLA ROSA no baixo e DALIS TRUGILLO na bateria, que completam o atual power trio com o lendário JACQUES MACIEL, a banda volta com tudo e comemora 25 anos de estrada (por isso o nome do álbum). De cara já digo que o clima do álbum inteiro nos remete ao KISS do começo dos anos 80, com muita pegada e muito peso. JACQUES MACIEL vive seu grande momento como vocalista e também como guitarrista, mostrando que o tempo só lhe fez bem. VALDI DALLA ROSA, além de um baixista formidável e com uma presença de palco inigualável, nas gravações ele soltou o braço nos 4 cordas até estalarem as notas e sa...

[Resenha] UGANGA - "Eurocaos Ao Vivo" - (2013)

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Neste ano o metal nacional ganha um grande trabalho e também algo fora do tradicional em se tratando de bandas brasileiras, já que é muito difícil encontrar um álbum ao vivo produzido por bandas daqui, quem dirá na Europa. Pois nesta semana recebi o CD " Eurocaos Ao Vivo ", quarto trabalho dos mineiros do  UGANGA e que precede o aclamado " Vol.3: Caos Carma Conceito " de 2009. Ele foi gravado durante a turnê européia que aconteceu em Setembro de 2010 e somou 18 shows durante 27 dias de viagem por 10 países diferentes. Destes, sete conheceram o poder de fogo do grupo: Alemanha, Bélgica, Suíça, Polônia, República Tcheca, Portugal e Espanha, mais precisamente no Razorblade Festival em Datteln , Alemanha, no dia 18 de setembro de 2010. O trabalho de cara já impressiona pela apresentação física e visual. Trata-se de uma caixa, uma capa externa, contendo o CD propriamente dito e um livreto de 12 páginas escrito pelo próprio Manu Joker ,   contando toda essa aven...

[Resenha] DRILLER - "The Final Deal" (2013)

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A banda DRILLER foi formada em 2009 na cidade de Edimburgo/UK pelos músicos brasileiros ALEX RECH (voz e guitarra), RICARDO RECH (bateria) e pelo baixista local THOMAS SILK. A proposta é um hard rock pesado e técnico, que passeia por influências da quebradeira de RACER X ao clima mais "up" de WHITESNAKE, passando pelo toque mais ácido e sombrio de DIO dos anos 80.  O álbum é o segundo trabalho do grupo, que em 2010 lançou o EP " Alchemy of Love " e agora traz seu primeiro full com 12 músicas e novamente de forma totalmente independente, gravado em um estúdio particular. O que diferencia do primeiro, é que na época das gravações, THOMAS  saiu da banda e voltou somente depois do álbum finalizado, ficando a cargo de ALEX RECH gravar todos os baixos.  A capacidade técnica dos irmãos RECH é incontestável, ALEX é sem dúvida a grande alma do esquema, com riffs marcantes e solos e dobradinhas de tirar o fôlego, fez um trabalho incrível, sem dúvid...

[Resenha] HELLISH WAR - "Keep it Hellish" (2013)

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Outro dia comentei no facebook sobre o metal brasileiro, de como tem bandas realmente boas e profissionais e que estão lançando ótimos trabalhos nos últimos tempos. Comentei também que o metal brasileiro poderia muito bem se auto-sustentar, ou seja, sem ser preciso de opinião estrangeira, ou mesmo bandas gringas para alavancar o crescimento, bastava que "nossos headbangers" e "rockers" abrissem mais os ouvidos para o que está sendo produzido por aqui e, principalmente, fossem aos shows. Eu mesmo, tenho escutado muito metal/rock nacional e ficado muito satisfeito. Dentre as bandas que citei na postagem está o HELLISH WAR, uma banda de heavy metal tradicional de São Paulo e que não é novinha, ela vem desde 1995 "aguentando no tranco" as dificuldades de se ter uma banda do estilo no Brasil. Mas eu disse "poderia", porque a realidade ainda não é essa apesar da forte cena underground que se movimenta nas sombras... Por isso trago hoje a rese...

[Resenha] CIRCLE II CIRCLE - Seasons Will Fall (2013)

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Depois de um lançamento não muito promissor em 2010, onde a banda mudou radicalmente seu estilo arriscando nas terras do metal mais moderno, lembrando o power metal em alguns momentos, o CIRCLE II CIRCLE, do grande vocalista ZAK STEVENS, acerta a receita do bolo novamente e lança um dos melhores plays de 2013, em minha opinião. Pra quem curtiu SAVATAGE e sentiu o fim da banda, viu no CIRCLE II CIRCLE aquela chama remanescente, principalmente no primeiro álbum, que contava também com Jon Oliva nas composições e participações. Mesmo com o fim da parceria com Oliva, Zak mostrou nos álbuns seguintes que grande parte da vibe criativa do SAVATAGE, pós-"Edge Of Thorns", estava em seu sangue. E isso fica muito evidente neste trabalho lançado ainda no começo do ano, e que soma seis álbuns na carreira da banda e marca 10 anos do primeiro álbum. Claro, a voz ZAK não é mais a mesma dos tempos de SAVATAGE, ou de 10 anos atrás, soa um pouco mais cansada e grave, mas dentro das ...

[Resenha] BLACK SABBATH - "13" (2013)

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Quando o BLACK SABBATH anunciou a volta de sua formação original, minha alegria foi imensa! Mas logo começaram aquelas histórias por causa de dinheiro, BILL WARD fora da banda, achei que não ia dar em nada, que iria ser mais um fogo de palha, ainda mais que o TONY IOMMI havia sido diagnosticado com câncer. Ou seja, tudo conspirava contra esse álbum. Mas os "Pais" do heavy metal não desistiram e começaram as gravações. Muitas especulações, a voz do OZZY um lixo ao vivo, achei que iria ser bem meia boca, mas então sai a música " God is Dead? ". Lembro de ter ficado um pouco decepcionado com o som, tirando o baixo incrivelmente pesado, o resto me soava muito simples, arrastado. Talvez por estar acostumado com o "The Devil You Know" do HEAVEN & HELL. Mesmo assim, não me precipitei, fui digerindo a música e gostando dela. Quando finalmente saiu o álbum "13" consegui logo a versão Deluxe e o escutei muitas vezes seguidas. Vi na internet...

[Resenha] BOB SHUT - "II" (2013)

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Intitulado simplesmente como "II" o segundo álbum da banda caxiense BOB SHUT traz até os ouvintes um folk rock moderno e alternativo, com composições com muita harmonia, letras poéticas e esbanjando positivismo. A banda conseguiu captar em estúdio uma sonoridade agradável, calma, mas ao mesmo tempo sólida e pesada, graças a impecável produção dos grandes CARLOS BALBINOT e FABRÍCIO ZANCO (Noise Audio Studio) em parceria com a banda. Segundo o próprio BALBINOT:   " Foi um trabalho muito agradável de se fazer. A Bob Shut demonstrou interesse em arriscar, 'passear' por outros estilos e instrumentos e eu gosto disso. Esse álbum vai dar um ótimo retorno para a banda e, com certeza, vai ser mais um destaque da música caxiense. " A evolução da banda do primeiro álbum "Bob Shut" de 2009 é facilmente percebida ao longo de todo o trabalho, seja nas dinâmicas, letras e na versatilidade em acrescentar novos elementos como acordeon, cajon, trompete e ka...

[Resenha] MARCOS DE ROS - "Sociedade das Aventuras Fantásticas" (2013)

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Como o próprio MARCOS DE ROS disse recentemente durante a sua apresentação no Festival Brasileiro de Música de Rua: " É um CD duplo instrumental. Pouca gente teria coragem de lançar isso hoje em dia, só o idiota aqui ", arrancando risos da platéia com seu bem humorado jeito de ser, que já se tornou uma marca registrada, vide os milhares de vídeos inusitados postados na internet. Pois bem, DE ROS não demonstrou apenas extrema coragem de lançar um álbum neste formato em tempos de digitalização e piratagem, como também mostrou que pode-se fugir do convencional e o previsível, e mais, pode-se sim ainda  inovar neste meio quase ingrato que é o da guitarra instrumental. Para entender melhor, quando você ouve falar que um guitarrista lançou um CD solo, instrumental, logo te vem na cabeça aquela chupação de STEVE VAI, SATRIANI, PETRUCCI e etc... e em 90% dos casos, é exatamente isso o que acontece, mas quando você ouve um CD do ou com o DE ROS tocando, você escuta apena...