JETHRO TULL - The Zealot Gene - 2022
RESENHA / CRÍTICA
Contando com apenas o líder e compositor absoluto, Ian Anderson, como remanescente de uma vasta história, o JETHRO TULL, que havia encerrado as atividades em 2012 e, pelo que parece, retornou ainda em 2017, acaba de lançar seu novo álbum de estúdio depois de 19 anos, se contar o "The Jethro Tull Christimas Álbum" (2003). Mas, se for considerar como álbum de inéditas, o último sob a alcunha de JT foi o "J-Tull Dot Com" de 1999. Ou seja, ninguém esperava um álbum novo, e de inéditas, nesta altura do campeonato.
E Ian Anderson e seu time não decepciona! Conforme comentei em uma rede social, "O Jethro Tull lançou o álbum mais Jethro Tull das últimas 4 décadas". E é exatamente esse o sentimento que "The Zealot Gene" causa no ouvinte que já conhece a banda há algum tempo. Todos os elementos que tornou a banda em uma verdadeira lenda estão aqui, o Rock, o clássico, o Folk, o Blues, o Progressivo e a flauta mágica, todos muito bem costurados em músicas bem construídas e curtas, com seus tempos bem valorizados.
Há apenas 3 pontos fracos neste álbum: 1 - Os timbres de teclados foram mal escolhidos e otimizados, Ás vezes dá impressão que John O´Hara usou aqueles tecladinhos amadores da Yamaha pra gravar o álbum. Faltou aquele Hammondzão distorcido, ou mesmo como organ, em muitos momentos, como por exemplo na faixa que abre o álbum, "Mrs. Tibbets" que foi comprometida pelo teclado. 2 - A voz de Ian Anderson soa repetitiva e muitas vezes mal mixada, se sobressaindo do resto do instrumental. Nem vou falar do timbre ou algo parecido, pois não tem como exigir nada nessa altura. E 3 - Que capa mais horrorosa senhor Anderson! Pô, podia ter contratado alguém pra fazer uma arte bacana, né?!...
Mas, se há 3 pontos negativos, contudo, há vários pontos positivos que nem vou enumerar, mas que transformam "The Zealot Gene" o melhor álbum da banda desde, sei lá, "Heavy Horses" (1978) eu acho... Por exemplo, as guitarras estão bem legais, a bateria bem orgânica, o que acho crucial pra esse estilo de som. Em minha mente, quando escuto esse álbum, consigo encaixa-lo na linha do tempo do JETHRO TULL em algo entre final dos anos 70 e começo dos 80, entre "Songs From the Wood" e "A", com muitas referências nas composições à esta época, porém e, obviamente, com uma sonoridade moderna. Novamente repito que, se os timbres de teclados fossem melhor escolhidos, seria um álbum quase perfeito.
Minhas favoitas: "Mine is the Mountain", "The Zealot Gene", "Shoshana Sleeping", "Barren Beth, Wild Desert John", "The Betrayal of Joshua Kynde" e "The Fisherman of Ephesus". Veja o clipe de "Shoshana Sleeping" abaixo e terá uma ideia do que vai encontrar.
NOTA - ⭐⭐⭐/5
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