MSG resgata o nostálgico Heavy Hard setentista em "Immortal"

 [Crítica] - NOTA - 6/10


Mas afinal de contas, qual a diferença entre MICHAEL SCHENKER FEST e MICHAEL SCHENKER GROUP (MSG)? Na verdade, até não tem muita diferença, a não ser pelo fato de o primeiro ser uma banda propriamente dita, com seus vocalistas fixos e o segundo um projeto totalmente solo com aquela pegada mais Heavy/Hard dos anos 70 e vocalistas sortidos.

O detalhe é que ele não lançava nada com este nome há 13 anos e, depois de dois ótimos álbuns lançados com o MSF, e até por conta da pandemia, foi natural para o icônico guitarrista Michael Schenker lançar um novo trabalho com vocalistas convidados no MSG, cada um gravando no conforto seguro de seus lares, já que shows por enquanto, neca de pitibiribas. E o resultado é o bom "Immortal". 

Eu digo bom pois, apesar da qualidade da produção ser a mesma dos recentes, vê-se claramente que as faixas de "Immortal" são um emaranhado de sobras recicladas dos últimos lançamentos. Mesmo assim, se tira ótimas faixas salvas pela competência inquestionável de vocalistas como Ralf Sheepers (Primal Fear) na fabulosa "Drilled to Kill", faixa que também tem a participação do lendário tecladista Derek Sherinian (ex-Dream Theater) duelando com Michael, ou o extraordinário Ronnie Romero (Rainbow/Lords of Black) na melhor faixa do álbum (na minha opinião), a "Sail the Darkness". 

Aliás, as participações destes dois são as que salvam o play, porque outros caras como véiaco Joe Lynn Turner e Michael Voss (Mad Max) trazem performances medianas, como na enfadonha "After the Rain", cantada pelo segundo. São faixas que ~empolgam tanto quanto a dos outros dois citados.

Mas, o que interessa é ver que Michael Schenker, no auge de seus 66 anos, ainda mantém seu estilo e pagada. O que mais gosto nele são suas digitações e a limpeza nas palhetadas, além daquele vibrato inconfundível, inalterado desde os tempos de UFO. Um dos melhores guitarristas e riffeiros de todos os tempos e que raramente é lembrado quando o assunto é "grandes nomes da guitarra", infelizmente. 

"Immortal" lembra muito aquele Hard n´Heavy dos anos 70, trazendo uma sensação nostálgica daqueles álbuns fabulosos lançados por sua antiga banda, ou mesmo os primeiros do MSG, contudo, renovada com a tecnologia atual e vocalistas do mais alto calibre. Vale a pena salvar algumas faixas na sua playlist.


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