1980 - Grandes álbuns que estão fazendo 40 anos!
O ano "divisor de águas", 1980 foi um ano de muitas mudanças drásticas no mundo da música. Algumas influenciadas pelo mercado e a troca de tendencias do público e outras, infelizmente, pela própria morte.
NE: Originalmente postado em 26/05/2011
OS ÁLBUNS ESTÃO DISPOSTOS POR ORDEM DE LANÇAMENTO
"Permanent Waves" - RUSH
Lançamento: 01.01 / País: Canadá
ESCUTE
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O RUSH é uma daqueles bandas de difícil rotulagem, com um som único. O power trio sempre passeou entre o Rock Progressico e o Rock Pesado flertando muito com o New Wave e o Pop nos anos 80. O fato é que o RUSH ajudou a criar e modelar o que viria a ser considerado mais tarde como Metal Progressivo (Estilo estabelecido por bandas como Fates Warning e depois, Dream Theater e Symphony X).
"Permanent Waves" marca exatamente essa transição da banda entre o a experimentação e o peso dos anos 70, balanceando com um som mais comercial, vide as faixas "Spirit of Radio" e "Freewill". Eu particularmente adoro o clima deste disco. Instrumental impecável, letras inteligentes e músicas agradáveis de se ouvir. "Jacob´s Ladder" e "Natural Science" são minhas favoritas e ainda trazem aquela "velha' veia da banda.
Esta "transição" se estenderia até o álbum seguinte, o "irmão gêmeo" "Moving Pictures" (1981), marcando o fim da "Gold Era" da banda. Depois disso, o efeito serrote pegou frouxo.
"Permanent Waves" marca exatamente essa transição da banda entre o a experimentação e o peso dos anos 70, balanceando com um som mais comercial, vide as faixas "Spirit of Radio" e "Freewill". Eu particularmente adoro o clima deste disco. Instrumental impecável, letras inteligentes e músicas agradáveis de se ouvir. "Jacob´s Ladder" e "Natural Science" são minhas favoritas e ainda trazem aquela "velha' veia da banda.
Esta "transição" se estenderia até o álbum seguinte, o "irmão gêmeo" "Moving Pictures" (1981), marcando o fim da "Gold Era" da banda. Depois disso, o efeito serrote pegou frouxo.
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"British Steel" - JUDAS PRIEST
Lançamento: 14.04 / País: Inglaterra
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Um dos melhores álbuns de metal de todos os tempos, foi também o que elevou o JUDAS PRIEST, que já era bastante respeitado, ao status de ícone Mundial como uma das maiores bandas de Heavy Metal. "British Steel" conta com um verdadeiro desfile de Hits e hinos, sendo as mais conhecidas e mais "acessíveis", "Metal Gods", 'Living After Midnight" e a clássica "Breaking the Law". Mas não podemos negar o poder de faixas como "Rapid Fire", "Grinder" e "United".
Falando em acessível, o que mais chama a atenção nas músicas deste trabalho, é exatamente a simplicidade das músicas. Diferentemente dos álbuns anteriores e, menos ainda, dos álbuns posteriores, onde os arranjos, principalmente das guitarras, eram sempre intrincadas e com muitas variações, além de Halford abusando de sua voz sobre-humana, aqui, as músicas tem poucos acordes, Riffs simples e fáceis para qualquer um tocar, vocais contidos e refrões grudentos. Talvez essa tenha a sido a grande sacada do produtor Tom Allom. "Fazer mais com menos". E deu muito mais do que certo!
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"Iron Maiden" - IRON MAIDEN
Lançamento: 14.04 / País: Inglaterra
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Surgia então o IRON MAIDEN. Elétrico e cru, é um álbum que traz muita influência do punk rock britânico na voz de Paul Di`Anno, porém as guitarras de Dave Murray e Dennis Stratton eram o puro Rock Pesado dos anos 70, inspirados diretamente por bandas como THIN LIZZY, UFO e DEEP PURPLE. Além disso, tinha a pegada única do baixista Steve Harris e a velocidade e precisão de Clive Burr (r.i.p). Ou seja, o material humano era excelente, o que contornou efetivamente a produção precária do álbum.
O IRON MAIDEN já tinha um certo prestígio no circuito de bares da cena britânica, com destaque ao lendário Ruskin Arms Pub, que praticamente era a segunda casa da banda, por isso, não foi tão difícil conseguir uma projeção já na estreia, abrindo para bandas como KISS e o próprio JUDAS PRIEST no "British Steel Tour".
Além da faixa que carrega o nome da banda, que é tocado obrigatoriamente em todos os shows, muitos sons se tornariam clássicos e sobreviveram à gerações, tais como "Running Free", "Phanton of the Opera" e "Prowler".
O IRON MAIDEN já tinha um certo prestígio no circuito de bares da cena britânica, com destaque ao lendário Ruskin Arms Pub, que praticamente era a segunda casa da banda, por isso, não foi tão difícil conseguir uma projeção já na estreia, abrindo para bandas como KISS e o próprio JUDAS PRIEST no "British Steel Tour".
Além da faixa que carrega o nome da banda, que é tocado obrigatoriamente em todos os shows, muitos sons se tornariam clássicos e sobreviveram à gerações, tais como "Running Free", "Phanton of the Opera" e "Prowler".
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"Heaven And Hell" - BLACK SABBATH
Lançamento: 25.04 / País: Inglaterra
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"Ozzy Ozbourne saiu, e agora? Bem... Chame aquele baixinho que tem feito um grande trabalho no Rainbow"... Essa deve ter sido a conversa entre os membros da banda. A verdade é que o Ozzy estava envolvido no processo de criação de "Heaven And Hell" e, segundo Iommi, existe uma gravação de uma versão de "Children of the Sea" com Ozzy nas catacumbas de sua casa, porém, este largou tudo no meio da loucura para se dedicar a um novo direcionamento musical do qual já estava trabalhando.
E o resultado de tudo isso, foi a fome com a vontade de comer, ou seja, o BLACK SABBATH lançou um dos maiores e mais icônicos álbuns de Heavy Metal de todos os tempos, e de quebra, Dio conseguiu uma projeção e protagonismo de seu talento nunca antes imaginado nos tempos do RAINBOW. A prova é a própria faixa "Heaven And Hell", até hoje cultuada como uma das melhores músicas da história do Rock e um dos mais fodásticos Riffs já criados. Mas tem também a já citada, a atmosférica "Childen of the Sea" com uma interpretação celestial de Dio, além das clássicas e pesadas "Neon Knights", "Lady Evil" e "Die Young".
Na metade dos anos 70 surgia então o New Wave of British Heavy Metal (ou NWOBHM), porém, foi com a chegada e a popularidade das bandas JUDAS PRIEST, IRON MAIDEN, MOTORHEAD, e agora com o SAXON e seu poderoso "Wheels of Steel" que o movimento realmente ganhava força, fama e atravessava as fronteiras do Reino Unido, Europa e alcançava o Mundo.
Este é o segundo álbum da banda e considerado um dos melhores e mais emblemáticos álbum do Heavy Metal tradicional britânico. Seu estilo é claramente influenciado por JUDAS PRIEST, THIN LIZZY e UFO dos anos 70, com todos aqueles arranjos de guitarras dobradas e os vocais poderosos de Biff Byford fazendo a Terra estremecer ao som de músicas icônicas como "Motorcycle Man" e "Wheels of Steel".
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"Wheels of Steel" - SAXON
Lançamento: 25.05 / País: Inglaterra
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Na metade dos anos 70 surgia então o New Wave of British Heavy Metal (ou NWOBHM), porém, foi com a chegada e a popularidade das bandas JUDAS PRIEST, IRON MAIDEN, MOTORHEAD, e agora com o SAXON e seu poderoso "Wheels of Steel" que o movimento realmente ganhava força, fama e atravessava as fronteiras do Reino Unido, Europa e alcançava o Mundo.
Este é o segundo álbum da banda e considerado um dos melhores e mais emblemáticos álbum do Heavy Metal tradicional britânico. Seu estilo é claramente influenciado por JUDAS PRIEST, THIN LIZZY e UFO dos anos 70, com todos aqueles arranjos de guitarras dobradas e os vocais poderosos de Biff Byford fazendo a Terra estremecer ao som de músicas icônicas como "Motorcycle Man" e "Wheels of Steel".
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"Head On" - SAMSON
Lançamento: 27.06 / País: Inglaterra
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Pegando carona no movimento NWOBHM, apareceu a lendária e subestimada banda do guitarrista Paul Samson, o SAMSON. Apesar de ter tido uma sólida carreira no Underground Britânico, a banda ficou realmente conhecida após a saída do vocalista original, Bruce Bruce no final de 1981. E todos sabem que esse cara é ninguém menos que Bruce Dickinson e que ele foi para o IRON MAIDEN. Então, por uma questão de curiosidade do povo, "de onde teria vindo aquele fenômeno vocal", surgiu o SAMSON. (Tirando os 3 álbuns com Bruce, pouca gente conhece o resto da discografia da banda).
Bem, este é segundo álbum da banda e contava com Bruce Dickinson nos vocais (ou Bruce Bruce), nele temos um Heavy Metal tradicional com muita pegada do Rock. A música mais conhecida deste álbum é a "Vice Versa", que inclusive tem um clipe bem bizarro. Além dela, podemos destacar ainda "Hard Times" , "Take it Like a Man" e a lendária "Thunderburst", faixa instrumental que foi escrita pelo baterista Thunderstick junto com Steve Harris no breve período em que esteve no MAIDEN, em 1977. A faixa, depois de uma leve mudança de arranjo, se tornou "The Ides of March" no disco "Killer" (1981 - Iron Maiden).
Bem, este é segundo álbum da banda e contava com Bruce Dickinson nos vocais (ou Bruce Bruce), nele temos um Heavy Metal tradicional com muita pegada do Rock. A música mais conhecida deste álbum é a "Vice Versa", que inclusive tem um clipe bem bizarro. Além dela, podemos destacar ainda "Hard Times" , "Take it Like a Man" e a lendária "Thunderburst", faixa instrumental que foi escrita pelo baterista Thunderstick junto com Steve Harris no breve período em que esteve no MAIDEN, em 1977. A faixa, depois de uma leve mudança de arranjo, se tornou "The Ides of March" no disco "Killer" (1981 - Iron Maiden).
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"Back in Black" - AC/DC.
Lançamento: 25.07 / País: Austrália
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Bem na real, eu não considero o AC/DC uma banda de Heavy Metal, tá mais pra um "Rock Pesado"... na verdade, o som da banda é tão único que fica difícil rotulá-lo, é tipo um "estilo AC/DC", que muitas bandas até replicam em suas músicas. Mas este álbum é tão pesado e com riffs tão característicos, que influenciou muitas bandas do Metal. É também um dos álbuns com uma das melhores qualidade de produção que já se ouviu, créditos ao produtor Robert John "Mutt" Lange.
"Back in Black" é daqueles trabalhos "divisor de águas", já que, após o impacto causado pela morte do vocalista Bon Scott em fevereiro do mesmo ano, a mudança drástica já começa por aí, com um vocalista muito diferente do original, porém, tão competente quanto. Estamos falando do icônico Brian Johnson (ex-Giordie). A sonoridade da banda também mudou bastante. Apesar da essência daquele rockão barulhento dos anos 70 ainda estar ali, as músicas ganharam mais corpo e arranjos mais trabalhados e pesados.
A experiência de ouvir a introdução do álbum com a música "Hell Bells", com aquele sino badalando e os dedilhados de guitarras, é simplesmente fantástico, ainda mais quando é a primeira vez. Imagina o choque na época!. Além dela, outras faixas se tornaram verdadeiros hinos, como a faixa título, "Back in Black" e "You Shook Me All Night Long", entre outras. Realmente, um daqueles trabalhos que dificilmente o Mundo verá outro igual.
"Back in Black" é daqueles trabalhos "divisor de águas", já que, após o impacto causado pela morte do vocalista Bon Scott em fevereiro do mesmo ano, a mudança drástica já começa por aí, com um vocalista muito diferente do original, porém, tão competente quanto. Estamos falando do icônico Brian Johnson (ex-Giordie). A sonoridade da banda também mudou bastante. Apesar da essência daquele rockão barulhento dos anos 70 ainda estar ali, as músicas ganharam mais corpo e arranjos mais trabalhados e pesados.
A experiência de ouvir a introdução do álbum com a música "Hell Bells", com aquele sino badalando e os dedilhados de guitarras, é simplesmente fantástico, ainda mais quando é a primeira vez. Imagina o choque na época!. Além dela, outras faixas se tornaram verdadeiros hinos, como a faixa título, "Back in Black" e "You Shook Me All Night Long", entre outras. Realmente, um daqueles trabalhos que dificilmente o Mundo verá outro igual.
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"Blizzard of Ozz" - OZZY OSBOURNE
Lançamento: 20.09 / País: Inglaterra
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Como descrito acima, Ozzy saiu do BLACK SABBATH e agora apostava todas as suas fichas na carreira solo com uma sonoridade diferenciada e inclinada ao Hard Rock. Com um time de peso, incluindo membros do URIAH HEEP no cast, o álbum de estréia não agradou de arrancada, mas ao longo do tempo, se tornou um dos maiores clássicos do Heavy/ Hard Rock.
O curioso é que além do mérito ser obviamente, em partes, de Ozzy, o que realmente fez a diferença neste álbum foram os cativantes e criativos riffs e solos do, até então, "desconhecido" Randy Rhoads, que vinha de uma curta e modesta carreira na banda QUIET RIOT e hoje é considerado um dos mais influentes guitarristas do Rock.
O curioso é que além do mérito ser obviamente, em partes, de Ozzy, o que realmente fez a diferença neste álbum foram os cativantes e criativos riffs e solos do, até então, "desconhecido" Randy Rhoads, que vinha de uma curta e modesta carreira na banda QUIET RIOT e hoje é considerado um dos mais influentes guitarristas do Rock.
Em "Blizzard of Ozz", você encontra os maiores petardos da carreira de Ozzy, como "I Don´t Know", "Mr. Crowley", "Suicide Solution" e "Crazy Train". Músicas essas que são obrigatórias no repertório do Madman desde sempre.
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"Ace of Spades" - MOTORHEAD
Rápido, ríspido, áspero e brutal! Este álbum é incrível e é emoção pura do começo ao fim! "Ace of Spades" foi o primeiro grande triunfo da banda inglesa e os colocou finalmente em um patamar de respeito entre as grandes bandas Mundiais. Chegou ao 4º lugar das paradas musicais inglesas e recebeu Disco de Ouro por suas vendas no Reino Unido.
A faixa título então, se transformou em uma das melhores músicas já compostas na história do Rock, sendo incluída em filmes, séries e se tornando um hino dentre motoqueiros, além de trilha sonora obrigatória em qualquer festa, até nas grotas... - Entrou no Hall de Hits "daquelas", tipo "Paranoid", "Smoke on the Water", "Rock and Roll", "Born to be Wild" e etc...
A formação deste disco é considerada a melhor e mais clássica pela grande maioria dos fãs. O power trio contava com o deus Lemmy Kilmister, Fast Eddie Clarke e Philthy Animal Taylor. (e todos já mortos - 2015, 2018, 2015 respectivamente).
A faixa título então, se transformou em uma das melhores músicas já compostas na história do Rock, sendo incluída em filmes, séries e se tornando um hino dentre motoqueiros, além de trilha sonora obrigatória em qualquer festa, até nas grotas... - Entrou no Hall de Hits "daquelas", tipo "Paranoid", "Smoke on the Water", "Rock and Roll", "Born to be Wild" e etc...
A formação deste disco é considerada a melhor e mais clássica pela grande maioria dos fãs. O power trio contava com o deus Lemmy Kilmister, Fast Eddie Clarke e Philthy Animal Taylor. (e todos já mortos - 2015, 2018, 2015 respectivamente).
Além de "Aces of Spades", temos que destacar também músicas como "Shoot You in the Back", "Live to Win" e "We Are (Roadcrew)", esta última relembrando os tempos em que Lemmy foi roadie de ninguém menos que Jimmi Hendrix nos anos 60.
Outros álbuns lançados neste ano e que valem uma menção honrosa:
"I'm a Rebel" - ACCEPT
"Flush the Fashion" - ALICE COOPER
"Angel Witch" - ANGEL WITCH
"Cultösaurus Erectus" - BLUE ÖYSTER CULT
"On Through the Night" - DEF LEPPARD
"Unmasked" - KISS
"Strong Arm of the Law" - SAXON
"Animal Magnetism" - SCORPIONS
"Women and Children First" - VAN HALEN
"Ready An' Willing" - WHITESNAKE
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