[Crítica] BERNIE SHAW & DALE COLLINS - DEMONS & WIZARDS - ROSS THE BOSS








BERNIE SHAW & DALE COLLINS - Too Much Information
Lançamento: 13.09.2019 / País: Canadá

Sou suspeito em falar deste grande vocalista, já que faz parte de uma das bandas que mais amo, que é o URIAH HEEP, e os acompanho desde de sempre. Mas, o que vou analisar aqui, não é somente a sua indiscutível competência vocal, mas a qualidade desta parceria com o guitarrista canadense Dale Collins, que é amigo de longa data e conterrâneo de Bernie.

Apesar de ter sido lançado em 2019, "Too Much Information" vem sendo gravado há muitos anos, pouco a pouco, conforme permite a agende da banda principal de Shaw, e os responsáveis pela produção são os mesmos que vem trabalhando com o UH nos últimos tempos: Steve RispinMike Pietrini na sonoridade e Mike Inns no design gráfico.

A sonoridade tem como alicerce óbvio, o Classic Rock, com algumas músicas, inclusive, nos remetendo ao que é feito no URIAH HEEP atual, com adições de teclados, pianos e violões. O que realmente faz toda a diferença aqui, é a pegada de Dale Collins, que possui um outra abordagem e técnica. 

O álbum é bom, mas ele tem um problema de dinâmica. Ele começa bem com o groove de "So Many Times", de longe, a melhor faixa e a mais parecida com UH. Logo em seguida vem a intrincada "Alone', uma balada pesada, com um ótimo e emocionante refrão. E para fechar a ótima trinca do trabalho, vem a arrastada, bluesy e Shuffle "Here We Go", uma faixa bem viajante e dançante. Posso até incluir a faixa "Too Much Information" e seu estilo mais Prog, como um bom destaque.

O problema começa daqui pra frente, quando o play começa a perder o ritmo. Não estou dizendo que as músicas são ruins, ao contrário disso, todas as faixas tem a qualidade óbvia de todos os envolvidos, porém, num contexto geral e, talvez, por ter sido gravado em intervalos longos de tempo, as músicas não se encaixam como um todo. A forma como as músicas estão distribuídas fazem o álbum perder força durante a audição. Acredito que elas funcionariam (e funcionam) muito melhor como singles.

NOTA - 7,5





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DEMONS & WIZARDS - III
Lançamento: 20.02.2020 / País: Estados Unidos/Alemanha

Este é, como o titulo já sugere, o 3º álbum do projeto liderado pelo guitarrista Jon Schaffer (Iced Earth) e o vocalista Hansi Kürsch (Blind Guardian), e também é o primeiro título lançado depois de um hiato de 15 anos.

E nestes 15 anos, a sonoridade da banda evoluiu? Mudou?

Não! "III" é um desfile de "mais do mesmo" e, apesar da primorosa e poderosa produção do álbum, não é de uma forma positiva. Tirando a faixa que abre o trabalho, a longa e intrincada "Diabolic", que foi lançada como single em uma prévia de lançamento, juntamente com o videoclipe (abaixo) e a épica e pesada "Dark Side of Her Majesty", o restante do play é massante e requer aquela paciência do verdadeiro fã (o que não é meu caso). Outra faixa interessante é "Split", que foge um pouco da zona de conforto e tem uma pegada que lembra muito as músicas do King Diamond, inclusive com alguns falsetes.

Mas afinal, o que temos em "III"?

Bem, basicamente, um genérico de ICED EARTH com o vocal de Hansi. Digo genérico porque, apesar de lembrar muito a banda principal de Jon, aqui não há a força, a pegada e muito menos a velocidade da banda americana. A performance de Hansi está espetacular, porém, os instrumentais estão econômicos demais, as composições são simplórias demais e não conseguem acompanhar a imponência vocal causando um desequilíbrio que perturba. Se tivesse sido lançado apenas os 3 singles acima, estaria perfeito...

NOTA - 6,0 





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ROSS THE BOSS - Born of Fire
Lançamento: 06.03.2020 / País: Estados Unidos

Cara, essa é a mesma banda que lançou o enfadonho "By Blood Sworn"? Estou boquiaberto!...

Juro pra você que, quando o lendário Ross “The Boss” Friedman anunciou o lançamento de "Born of Fire", meus ouvidos ainda amargavam o álbum de 2018 e minhas expectativas estavam baixíssimas. Pensei comigo: "Lá vem o cara remoer seu passado novamente com mais um cover de Manowar... outro estilo Massacration... mas tudo bem, vamos lá...". Mas foi dar o play em "Glory to the Slaim" pra eu quase cair da cadeira, tamanho pataço que recebi no peito da rápida faixa! E não para por aí. Incrédulo, deixei o álbum correr e daí pra frente foi um arregaço atrás do outro!

Não sei o que aconteceu com a banda, mas a real é que Ross finalmente se desvincilhou das amarras do passado e soltou algo realmente novo, sem perder a identidade. "Born of Fire" é um autêntico álbum de Heavy Metal com algumas doses bem pontuais de Thrash Metal. 

Além das ótimas composições e Riffs de guitarras fodasticas, estou muito impressionado com o vocalista Marc Lopes. Se no álbum anterior ele soava chato e gritalhão (parecia o Detonator), aqui, Marc está mais consciente dos momentos em que deve usufruir de seu incrível alcance vocal. Lopes também está explorando mais a agressividade em muitos momentos, com drives muito bem colocados e muito bem feitos, que casaram perfeitamente com as músicas e deram uma diferenciada providencial. 

Meus destaques? Pode ir sem medo:

"Glory to the Slaim", "Fight to Fight", "Denied By the Cross", "Maiden of Shadows", "Shotgun Evolution", "Born of Fire" e "Walking the Moon".

NOTA - 9,0




NE: Como eu chego as notas dos álbuns? 
Eu dou uma nota para cada faixa e depois faço a média de todas e o resultado é o que você vê nas resenhas.








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