MELHORES DE 2019 - NACIONAL

Vocês já conhecem as minhas escolhas para os melhores de 2019 internacional, agora, apresento a vocês os lançamentos brasucas mais fodásticos do último ano. Confere aí:


NE: Lista sujeita a alterações no decorrer dos meses.

NACIONAL



AGE OF ARTEMIS - Monomyth - 10-M

"Temos aqui, sem sombra de dúvidas e sem qualquer medo desta afirmação, a obra prima do AGE OF ARTEMIS e um dos melhores trabalhos lançados na história do Heavy Metal brasileiro. Tudo o que você ouve em "Monomyth" soa bem feito e composto com cuidado. Cada compasso parece ter sido pensado nos mínimos detalhes e a inspiração estava à flor da pele entre os envolvidos. A mixagem é tão foda que, apesar das várias camadas de instrumentos e linhas melódicas, você consegue apreciar tudo com muita limpeza e profundidade. As linhas de guitarras estão fenomenais e a cozinha está um arregaço, sem contar os arranjos de orquestrações, simplesmente soberbas!" - RESENHA




UGANGA - Servus - 10-M

"Enfim, que álbum! um dos melhores do ano sem dúvidas! "Servus" é daqueles álbuns que merecem ser apreciados com a devida atenção e colocados em um dos pedestais dos grandes trabalhos já lançados por bandas brasileiras. Tenho ouvido ele seguidamente desde que foi lançado e a cada ouvida me impressiono mais com a qualidade dessa banda!" - RESENHA



RAGE IN MY EYES - Ice Cell - 9,5

"Ouvindo o trabalho, até podemos entender o radicalismo em mudar a principal identidade da banda, já que "Ice Cell" não lembra em nada o Power Melódico de outrora. O que temos neste novo lançamento é um grupo com um som totalmente inovado, com levadas mais complexas, pesadas e técnicas, uma temática lírica mais profunda e intimista, além de inclusão de elementos folclóricos daqui do Sul, como o caso do acordeão em algumas músicas. Então, a mudança é totalmente justificável." - RESENHA



VIKRAM - Behind the Mask I - 9,5

A banda de ProgMetal traz em seu álbum de estréia um conceito focado em influências orientais e clássicas. Em seu lineup, temos o guitarrista Tiago Della Vega (ex-Fermatha, ex-Burning in Hell), considerado o mais rápido do mundo pelo Guiness Book por 3 vezes, além do conceituado baterista Marcus Dotta (Warrel Dane, Sanctuary) e o vocalista Guilherme de Siervi (ex-guitarrista da banda Syren). O álbum todo é recheado de musicalidade e orquestrações, além de uma influência contundente e clara da banda Symphony X, mais precisamente nos Riffs de guitarra e nas levadas extremamente técnicas. É um álbum que merece uma audição apurada e uma resenha mais profunda, que pretendo fazer em breve.



SUPERSONIC BREWER - "In Blackness" - 9,0

Mais um grande lançamento de 2019 vindo aqui do Sul do País! "In Blackness" é um dos álbuns de Heavy/Thrash mais criativos que ouvi nos últimos tempos. Bom gosto são palavras de ordem no decorrer de todo este trabalho, com Riffs imprevisíveis, fora do habitual, vocais poderosos, pesados e audíveis e uma produção impecável. O trampo traz grandes faixas como a poderosa "Behind the Cross", a empolgante "God is God and I am I" (que me lembrou um pouco a banda Torvo) e a fabulosa "Into the Black", uma das melhores músicas lançadas em 2019 no Metal Nacional, dentre outras. O som do SUPERSONIC BREWER passeia entre o Heavy Metal e o Thrash, com influências entre Pantera, Metallica e Black Sabbath. Um álbum prazeroso de se ouvir.



HELLISH WAR - Wine of Gods - 9,0

"Manter o nível de excelência depois de um lançamento como "Keep it Hellish" não é uma tarefa muito fácil, a pressão e perspectiva em cima da banda daquele ponto em diante, sempre serão sentidas, mas creio que "Wine of Gods" cumpriu o seu papel e deu uma sequência digna a qualidade impecável da banda. Este é mais um belo capítulo escrito na história do HELLISH WAR e do Heavy Metal brasileiro." - RESENHA

Escute: "Wine of Gods" - Spotify.



DR. SIN - Back Home Again - 9,0 - [Updated]

A icônica banda de Hard Rock brasileira deu o que falar em 2019. Todos achavam que o Dr. SIN não poderia existir sem o lendário guitarrista Edu Ardanuy, porém, os irmãos Busic provaram o contrário com o ótimo trabalho de Thiago Melo, o novo guitarrista da banda. O que temos em "Back Home Again" é aquele conhecido Hardzão pesado e técnico, já conhecido pelos fãs do grupo. Como destaques, tenho que mencionar a sonzeira "Face to Face", pra mim a melhor do álbum. Tem também as baladassas "21", "Best Friend" e "See Me Now", uma melhor que a outra! A melódica "Shout", onde Thiago mostra toda a sua técnica e versatilidade, a pesada "Mayday". E pra fechar os destaques, as fodásticas "The Reflection of a Conflict Mind" e "Fear", onde Andra Busic mostra porque é um dos melhores vocais brasileiros. 




RHEGIA - Shadow Warrior - 9,0

"'Shadow Warrior" é pra mim uma grande surpresa no Heavy Metal Nacional. O RHEGIA realmente me surpreendeu com a qualidade técnica e bom gosto em suas composições e ganhou um lugar especial entre as melhores bandas surgidas por aqui nesta década. Fora a temática do trampo em si, com essa vibe folclórica que, ainda bem, vem sendo cada vez mais explorada por bandas brasileiras." - RESENHA

Escute: "Shadow Warrior" - Spotify


MATANZA INC. - Crônicas do Post Mortem: 
Um Guia Para Demônios e Espíritos Obsessores - 9,0

Quando tomei conhecimento desta "nova banda" fiquei com um pé atrás, já que a versão "original" da banda, com Jimmy London, nunca me agradou. Sempre com letras idiotas e músicas bestas, foi uma banda que passou batido na minha trajetória musical (de ouvinte). Mas quando ouvi as primeiras músicas disponibilizadas eu disse pra mim mesmo: "Opa! Péra aí... Isso tá diferente!". Letras mais conscientes e composições mais bem feitas, além de uma produção muito boa. Reconheço que o nome "Matanza" tem um peso no cenário nacional e por isso o mantiveram, mas estou considerando esta formação, uma nova banda, uma versão refinada do seu passado. As letras das músicas, com um peso sério e profundo, são maquiadas com instrumentais divertidos. A referência explícita a musica "You´ve Got Another Thing Coming" (Judas Preist) na faixa "Péssimo Dia" ficou du carvalho (Se foi a intenção eu não sei, mas ficou foda!).




NERVOCHAOS - Ablaze - 9,0


Um dos álbuns do Metal Nacional mais vendidos do ano pertence a uma das bandas brasileiras que também mais fez turnês internacionais nos últimos anos. "Ablaze" foi gravado no Alpha Omega Studio (Blevio, Itália) com produção de Alex Azzali (que também o mixou e masterizou) e traz todo o poder de fogo de um dos principais nomes do Metal Extremo do Brasil. O disco está pesadíssimo, com faixas bem construídas e empolgantes, como as fodásticas "Feast of Cain", "Death Rites" e a cadenciada "Cave Bestian". Um dos melhores lançamentos da banda e da década, diga-se.




DIVISION HELL - Carpe Mortem - 9,0

E mais uma vez o DIVISION HELL figura entre os grandes lançamentos. O álbum anterior, o "Bleeding Hate" foi um dos melhores de 2015 e ganhou a merecida nota de 9,5. Já em "Carpe Mortem", o que era bom, ficou ainda melhor. Apesar de manter o nível de qualidade nas composições, houve uma significativa evolução técnica e sonora, facilmente percebida na produção deste segundo registro, que está mais limpo, pesado e encorpado. Sem dúvidas, uma das melhores bandas brasileiras de Death Metal.



IGNITED - Steelbound - 8,5

A banda executa um Heavy/Power Metal Tradicional onde as influências mais contundentes são de medalhões como Judas Priest, Hammerfall e Primal Fear, porém Saxon, Iron Maiden e até mesmo a nossa Pastore são facilmente perceptíveis. Os vocais são altos e agressivos, no estilo Rob Halford e Mario Pastore, já o instrumental, rechaodo de Riffs e poderoso. Sem dúvidas IGNITED é uma das melhores revelações dos últimos tempos no Brasil. Destaco aqui as músicas "Ignition", "Pain", a arrastada "Living in the Dark" e a fodástica "Times". Essa última, com seu andamento e clima envolvente, além de um refrão arrepiante, tem tudo para se tornar o Hit do álbum. Uma estréia em grande estilo! Obs: Minha música favorita do álbum: "Human Guilt", um arregaço!

Escute - "Ignited" no Spotify


GUILHERME COSTA - Light of Revelations - 8,5

Depois do ótimo EP de estréia, o "The King´s Last Speech" (2017), que tem apenas 3 músicas e me deixou com aquele gostinho de "quero mais", mas serviu para o mundo conhecermos o talento deste músico, o guitarrista Guilherme Costa lança em 2019 o seu primeiro álbum Full. Além das tradicionais ´músicas instrumentais, onde Costa mostrar toda a sua técnica e versatilidade, tenho que tirar o chapéu para as faixas com vocais que, pra mim, fizeram realmente a diferença no álbum e são as melhores. As performances ficaram a cargo de ninguém menos que o respeitado Gus Monsanto (Human Fortress) e Jefferson Gonçalves. São apenas 3, mas poderia ter sido mais. Quando você ouve as faixas instrumentais, perecem que foram compostas para ter vozes, e ficariam incríveis se tivessem como é o caso da "ironmaidiana" "Bloody Wars",  a Hard "The Sound of Hope" e a acústica "An Invitation to the Soul", que realmente imploram por uma linha vocal... A faixa título é um arregaço!!



FÖXX SALEMA - Rebel Hearts - 8,0

"Com uma história musical de mais de 20 anos na cena independente de sua cidade, Bragança Paulista/SP, a cantora agora ganha o Brasil com seu primeiro álbum "Rebel Hearts". Föxx é pioneira como transgênera no Heavy/Hard brasileiro o que, obviamente, tem incomodado muita gente que se preocupa muito mais com o modo de vida das pessoas do que com a sua arte ou mesmo, em saber ao certo quem realmente elas são." - RESENHA


ALE CARMINATTI - O Trecho - 7,0

Alexandre Carminatti é um grande amigo e conterrâneo aqui de Caxias do Sul, além disso, um dos melhores e mais antigos baixistas e compositores do Rock por aqui. "O Trecho" é o segundo álbum solo e traz, além de suas próprias músicas, algumas músicas assinadas por outros compositores da cidade. Todas as faixas são calcadas no chamado "Rock Nacional" e "Rock Gaúcho",  com muita influência de bandas como Barão Vermelho, Cazuza, TNT, Garotos da Rua e etc... Outro detalhe deste álbum é que, diferente do primeiro, "Marcas no Asfalto" (2009), que contou com amigos cantores (inclusive eu) para interpretar suas músicas, aqui é o próprio Ale que faz as honras. E não fez feio.



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