[Resenhas] RAGE IN MY EYES - REBEL MACHINE - HUMBERTO GESSINGER
No primeiro Combo de Resenhas Nacionais do Site, lhes trago 3 álbuns de grupos gaúchos bem diferentes. Confere ai:
RAGE IN MY EYES - Ice Cell
Pelo que foi divulgado, o RIME trata-se da nova alcunha da lendária banda SCELERATA que, por algum motivo, mudou o nome. Ouvindo o trabalho, até podemos entender o radicalismo em mudar a principal identidade da banda, já que "Ice Cell" não lembra em nada o Power Melódico de outrora. O que temos neste novo lançamento é um grupo com um som totalmente inovado, com levadas mais complexas, pesadas e técnicas, uma temática lírica mais profunda e intimista, além de inclusão de elementos folclóricos daqui do Sul, como o caso do acordeão em algumas músicas. Então, a mudança é totalmente justificável.
Registrado em Los Angeles/CA - USA, sob a tutela do brasileiro Adair Daufembach, a produção de "Ice Cell" ficou sensacional! A mixagem valorizou cada instrumento e cada elemento das faixas, bem como evidenciou o poder de fogo humano que temos no RAGE IN MY EYES. Jonathas Pozo é hoje, pra mim, uma das maiores vozes brasileiras e sua evolução tem sido sentida a cada ano. A dupla de guitarras, formada pelos incríveis Leo Nunes e o icônico Magnum Witchmann, é tão entrosada e coesa, que lembra as maiores duplas do Heavy Metal mundial. E trazendo a base para esta massa sonora, temos o baixão pesado de Pedro Fauth e a bateria providencial e criativa do grande Francis Cassol. Ou seja, um time que impressiona, não só pela técnica, mas pelo entrosamento e criatividade. É de dar inveja em qualquer gringo!
Obviamente, há aqui muitas músicas para serem destacadas, mas sempre tem aquelas que entram na playlist, como o caso da faixa que abre o álbum, "Winter Dream" que é pesada e com um belo refrão. Mas, derretendo mesmo os teus ouvidos, vem o hit "Death Sleepers", com a participação do acordeonista Matheus Kleber e você pode conferir o videoclipe abaixo. Mais atmosférica e quebrada, agora temos "Inner Fate", uma faixa onde temos a demonstração pratica do poder técnico dos músicos da banda, com destaque para as levadas atordoantes de Cassol. E para finalizar, temos a belíssima "Blank", com uma levada mais arrastada, além de possuir o melhor refrão do álbum.
Enfim, o que você ouvirá, é a melhor (re)estreia que uma banda pode ter.
NOTA - 9,5
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Outra banda gaúcha na área!
O REBEL MACHINE traz o guitarrista Marcelo Pereira (Daydream XI) atacando também nos vocais. Porém, não pense que você ouvirá faixas longas e intrincadas como em sua outra banda, e sim, um Rockão moderno, furioso, simples e direto, lembrando muito bandas gigantes, como o Foo Fighters, por exemplo (acho que é a referência mais próxima).
A produção deste segundo lançamento da banda é assinada pelo próprio grupo e contou com a mixagem e masterização de Mats Lindström (Big Balls Productions). A sonoridade é limpa e radiofônica, com ótimas harmonizações e belos refrões, além disso, Marcelo faz um primoroso trabalho vocal.
Dentre os destaques, temos a alegre "Underdogs", que abre o álbum com um astral bem alto. Depois vem a rápida "Square One", que é praticamente um Punk americano (Você pode conferi-la no videoclipe abaixo). Mas a minha favorita é o climão proporcionado pela faixa "Dancing Alone", que é mais arrastada e com uma performance vocal de arrepiar. A festa sonora recomeça com "Fall Into Temptation", uma faixa para dançar e bater cabeça. E por fim, o meu último destaque fica por conta da pesada "California" e suas variações ritmicas.
O álbum como um todo, é bem linear, com músicas bem semelhantes uma das outras, apesar de suas particularidades, é claro. "Whatever It Takes" segue a linha do anterior, "Nothiong Happens Overnight", porém, mais limpo e com menos acidez, digamos. Vale a audição!
NOTA- 8,0
A produção deste segundo lançamento da banda é assinada pelo próprio grupo e contou com a mixagem e masterização de Mats Lindström (Big Balls Productions). A sonoridade é limpa e radiofônica, com ótimas harmonizações e belos refrões, além disso, Marcelo faz um primoroso trabalho vocal.
Dentre os destaques, temos a alegre "Underdogs", que abre o álbum com um astral bem alto. Depois vem a rápida "Square One", que é praticamente um Punk americano (Você pode conferi-la no videoclipe abaixo). Mas a minha favorita é o climão proporcionado pela faixa "Dancing Alone", que é mais arrastada e com uma performance vocal de arrepiar. A festa sonora recomeça com "Fall Into Temptation", uma faixa para dançar e bater cabeça. E por fim, o meu último destaque fica por conta da pesada "California" e suas variações ritmicas.
O álbum como um todo, é bem linear, com músicas bem semelhantes uma das outras, apesar de suas particularidades, é claro. "Whatever It Takes" segue a linha do anterior, "Nothiong Happens Overnight", porém, mais limpo e com menos acidez, digamos. Vale a audição!
NOTA- 8,0
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HUMBERTO GESSINGER - Não Vejo a Hora
E lá se foram 6 anos do último lançamento inédito full, já que este álbum é o sucessor direto do aclamado "Insular" (2013). Neste meio tempo, o ícone do Rock nacional lançou 2 álbuns ao vivo, o "Insular Ao Vivo" (2014) e "Ao Vivo Pra Caramba - A Revolta dos Dândis 30 Anos" (2018), além de alguns singles. Mas, diferente de "Insular", que soava mais "como banda", "Não Vejo a Hora" é mais intimista e solto, com muitos arranjos acústicos e soltos.
A produção do trabalho também não é tão sofisticada, é mais "na cara", quase que colocando Gessinger e banda na sua sala tocando na sua frente. Também fica claro que Humberto há tempos se libertou do estigma da antiga banda, não que isso fosse ruim, contudo, vê-se uma identidade própria se formando em sua carreira solo nos últimos tempos. E as influências tradicionalistas, sempre presentes em suas composições, estão ainda mais evidente neste play.
Eu, particularmente, curto muito mais o formato do "Insular" e fiquei um pouco decepcionado quando ouvi este novo trabalho pela primeira vez. Mas depois de algumas "chances", prestando mais atenção nas harmonias e letras, "Não Vejo a Hora" começa a descer mais redondo. Não é o melhor momentos de Humberto Gessinger, mas vale tirar 35 minutos do seu tempo para dar uma curtida.
NOTA - 6,5
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HUMBERTO GESSINGER - Não Vejo a Hora
E lá se foram 6 anos do último lançamento inédito full, já que este álbum é o sucessor direto do aclamado "Insular" (2013). Neste meio tempo, o ícone do Rock nacional lançou 2 álbuns ao vivo, o "Insular Ao Vivo" (2014) e "Ao Vivo Pra Caramba - A Revolta dos Dândis 30 Anos" (2018), além de alguns singles. Mas, diferente de "Insular", que soava mais "como banda", "Não Vejo a Hora" é mais intimista e solto, com muitos arranjos acústicos e soltos.
A produção do trabalho também não é tão sofisticada, é mais "na cara", quase que colocando Gessinger e banda na sua sala tocando na sua frente. Também fica claro que Humberto há tempos se libertou do estigma da antiga banda, não que isso fosse ruim, contudo, vê-se uma identidade própria se formando em sua carreira solo nos últimos tempos. E as influências tradicionalistas, sempre presentes em suas composições, estão ainda mais evidente neste play.
Eu, particularmente, curto muito mais o formato do "Insular" e fiquei um pouco decepcionado quando ouvi este novo trabalho pela primeira vez. Mas depois de algumas "chances", prestando mais atenção nas harmonias e letras, "Não Vejo a Hora" começa a descer mais redondo. Não é o melhor momentos de Humberto Gessinger, mas vale tirar 35 minutos do seu tempo para dar uma curtida.
NOTA - 6,5
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