TOP 10 Àlbuns Matcantes - LEKO SOARES

Leko Soares, guitarrista da banda LOTHLORYEN listou os 10 álbuns que marcaram a sua vida. A banda voltou recentemente de uma bem sucedida turnê Europeia depois de lançar o álbum "Having Souls Society". Mas o os bardos do LOTHLÖRYEN não ficaram parados com este lançamento e já estão preparando seu novo trabalho, um relançamento de seu segundo álbum ‘Some Ways Back No More’, mas rebatizado como ‘Some Ways Back SOME More’, ou seja, alguns caminhos voltam um pouco mais.

"Achei que seria fácil, mas a verdade é que meu gosto musical hoje em dia é bem vasto. Ouço desde Folk music, rock n’ roll, Progressivo, alternativo até Death, Black, Avant-Gardé Metal etc Por esse motivo, foi muito difícil escolher somente 10 álbuns. Acabei deixando de fora alguns clássicos absolutos como o Relayer do Yes, A Night at the Opera do Queen, Houses of the Holy do Led entre outros. O motivo é que procurei usar como critério de seleção, aqueles álbuns que considero marcantes por fases da minha vida e de uma lista de 20 álbuns, escolhi esses 10, por ordem cronológica". - Leko Soares

"Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band" - BEATLES

Durante muito tempo fui averso aos BEATLES, pois tinha aquela ideia idiota de que os caras eram somente o ieieie e pronto. Isso tudo mudou no dia em que fui apresentado ao "Sgt. Peppers". Foi um choque e amor à primeira ouvida. Além de musicalmente muito à frente de seu tempo (não é à toa que é considerado por muitos o primeiro álbum de rock progressivo da história), o "Sgt. Peppers" tem uma simbologia histórica que transcende a música em si. Poderia citar vários álbuns dos BEATLES aqui, mas acredito que o "Sgt. Peppers" representa muito bem a discografia dos mestres.


"Dark Side of the Moon" - PINK FLOYD

Esse álbum faz parte do fim da minha infância e início da adolescência. Nessa fase, basicamente ouvia BLACK SABBATH, IRON MAIDEN, METALLICA, MEGADETH, GUNS N`ROSES e claro, muito PINK FLOYD. Acho que dei sorte de ter em casa um irmão mais velho que tinha bom gosto e levava os discos certos pra gente ouvir. Musicalmente falando, é uma obra prima que até hoje me intriga. Como compositor, confesso que tenho uma inveja branca dos caras. Como podem ter tido tanta inspiração e bom gosto num álbum só? Outro aspecto que me deixa de queixo caído nesse álbum é a produção que até para os dias de hoje, ainda soa cristalina e de vanguarda. Definiu uma era.

"Moving Pictures" - RUSH

O Rush é outra das bandas que conheci ainda na minha adolescência. Lembro que o namorado de uma das minhas patroas era fissurado nos caras e tinha toda a discografia. Pra minha sorte, ele começou a curtir as bandas de metal melódico dos anos 90 e aí eu sempre emprestava algum Rhapsody, Stratovarius, Gamma Ray da vida pra ele, em troca de álbuns do Rush. Foi assim que tive acesso à discografia dos caras e um dos primeiros que conheci foi exatamente o Moving Pictures. Escolher um álbum do Rush pra mim foi tão problemático quanto escolher um dos Beatles ou do Maiden, mas acredito que pela relevância do lançamento e a quantidade de clássicos contidos aqui, o Moving Pictures também representa bem a discografia dos caras que muito antes de 2013, já estavam no meu Rock n’ Roll Hall of Fame, rs. 

"The Number of the Beast" - IRON MAIDEN

Se fosse um top 20, com certeza teriam mais uns dois, três do MAIDEN na lista, fácil, fácil. Sempre que participo desse tipo de matéria, me sinto torturado em ter que escolher um daqueles 7 clássicos eternos. A razão por eu ter escolhido o "The number..." dessa vez é porque considero este álbum decisivo na minha vontade de começar a tocar e virar de vez um headbanger. Me lembro do choque que tive, quando meu irmão, com seu primeiro salário, chegou em casa com a versão inglesa do álbum. Quando vi a capa, já sabia que ia me apaixonar pela banda e não deu outra. Ouvi tanto o CD, acompanhando o encarte, que sabia de cor na época o nome da maioria dos caras que a banda agradecia no fim do encarte, colocando aqueles apelidos idiotas, (risos). Falem bem ou falem mal, mas o MAIDEN pra mim está para o Metal como os BEATLES estão pra música pop ou como Bethoven está para a música clássica. 

"Countdown to Extinction" - MEGADETH

Sempre ouvi o MEGADETH. Nunca fui um fã “die hard” dos caras, mas sempre respeitei e admirei a carreira da banda. Durante muito tempo o "Countdown..." foi um dos álbuns que eu mais escutei. Mesmo na minha fase “Metal Melódico”, nunca deixei de ouvir e pirar nas composições. Pra mim é o auge do MEGADETH, e até mesmo um passo à frente, em relação ao “Rust in Peace”, em termos de maturidade das composições. É um sopro de contemporaneidade ao “Thrash” Metal da época e é absolutamente compreensível o fato dos fãs “truzera” não terem gostado do álbum na época e até hoje em dia, assim como não gostaram do último, o excelente e ousado "Super Collider".

"Nightfall in the Middle Earth" - BLIND GUARDIAN

Me lembro como se fosse hoje. A primeira tour do BLIND GUARDIAN no Brasil foi em 1998. Na época, estavam divulgando o lançamento do "Nightfall..." e tive a sorte de poder ver os caras em ação num show não tão lotado, no Aramaçã, em Santo André-SP. Foi um choque ver o BLIND GUARDIAN o vivo e dali pra frente, se tornariam um grande ponto de referência para mim. A razão pela minha minha escolha do "Nightfall..."  são duas: Primeiro, esse foi o álbum que de fato projetou a banda no Brasil e elevou os caras ao status de banda grande por aqui. O segundo motivo, claro, é a parte musical. Provavelmente o "Nightfall..."  seja um dos álbuns conceituais mais inteligentes e criativos já compostos por uma banda de Heavy Metal. A maneira como trabalharam nas camadas sonoras e nos climas ao longo de todo o CD mostra que de fato estavam concentrados em criar algo especial. Ao ouvir o CD, passava uma sensação de “esses caras estão no auge”. De fato estavam e apesar de terem lançado ótimos álbuns após isso, na minha opinião, nunca mais atingiram o nível de excelência alcançado nesse trabalho.

"Metropolis pt2 - Scenes from a Memory" - DREAM THEATER

Outro álbum que estava à frente de seu tempo. Afirmo isso porque pude vivenciar o momento do lançamento do “Metropolis pt. 2”, como também é conhecido. Me lembro de ter ouvido pela primeira vez em um estúdio aqui em Poços de Caldas, onde estava gravando minha primeira Demo (Tape na época), com a finada banda SEVENTH STEEL. Foi um daqueles momentos em que você se pergunta se continua tocando para tentar fazer algo decente ou se já desiste de uma vez porque sabe que nunca chegará num nível tão alto. O DREAM THEATER trouxe muita coisa nova para o METAL progressivo (não para o rock progressivo) com esse álbum. Foi um passo adiante em relação ao que estava sendo feito no momento, inclusive em relação ao que eles já haviam feito até então. Muitos elementos de jazz, música étnica e soul music se fazem presente nesse álbum e algumas bases e mudanças de tempo acabariam se tornando padrões a serem repetidos à exaustão por 9 em cada 10 bandas de Prog Metal da atualidade. Além disso, o que o torna ainda mais especial é a temática envolvente, intrigante e filosófica que cerca o álbum. Um clássico moderno, com certeza.

"The Cold White Light" - SENTENCED

A importância do "The Cold White Light" pra mim foi que me mostrou que dá pra fazer metal com sons limpos também. Me mostrou que é importante pra caramba dar valor aos timbres e arranjos, que é o grande feito desse álbum. Ele transborda sentimentos e na minha opinião é o auge da carreira dos filandeses. Como li em uma resenha na finada revista Valhalla, na época: “É o Black Album dos anos 2000”. Pode não ter tido o mesmo apelo comercial, mas esteticamente acredito que não poderia haver afirmação que definisse melhor essa obra prima.



"Black Holes and Revelations" - MUSE

Era 2008, estávamos gravando a primeira versão do álbum “Some Ways back no More”, em São Paulo. Fui apresentado ao MUSE pelo nosso produtor, Augusto Lopes. A primeira música que ouvi: "Knights of Cydonia", foi amor à primeira ouvida. Aquele riff "sabbathico" do final misturado a um som totalmente moderno e alternativo me marcou. Desde lá minha mente se abriu muito para bandas alternativas. Vivo procurando por novas soluções para nossas composições e acho que a melhor forma de sair do lugar comum é conhecer coisas novas e diferentes. O MUSE é uma grande referência pra mim hoje e o "Black Holes.." está fácil na lista dos 5 álbuns mais relevantes lançados no século XXI, na minha opinião.

"Shrine of a New Generation Slaves" - RIVERSIDE

Conheci o RIVERSIDE ano passado. Gostei muito da banda e dos discos anteriores, um híbrido de OPETH sem o Death Metal, com PORCUPINE TREE, na minha opinião. Acontece que no início desse ano, esses caras lançaram essa que para mim, já é uma grande obra prima do rock progressivo atual. "Shrine of a New Generation Slaves" elevou consideravelmente a proposta do RIVERSIDE que agora parece com eles e só, o que muito me inveja, (risos). O CD é de uma maturidade e inspiração que tenho ouvido pouco nos últimos tempos. Ah, e o tema do CD é uma crítica à atual sociedade consumista e presa ao Status Quo e aos valores modernos do que é bom e do que não é. O álbum pouco repercutiu por aquí, mas para mim, é daqueles trabalhos que ficarão para a posteridade.




Comentários

Postar um comentário

Mais vistos da semana

ELECTRIC AGE: Junior Rodrigues - "O nosso desejo é poder levar a nossa música ao maior número de pessoas possível, dividir esse sentimento com todos, pois é a melhor coisa do mundo!"

ROSA TATTOOADA: Valdi Dalla Rosa - “Um cara apaixonado por musica!”

FERNANDA TERRA: Baterista assina com Yamaha

SCRAPER HEAD: "O mais legal pra nós vai ser o lance de fazer um show depois de tantos anos, vai ser foda demais."

HEAVYNROLL - Os melhores lançamentos de 2015, segundo MARCO PAIM