[Matéria Especial] O Mundo Virtual à Serviço da Arte

Estamos vivendo uma era onde o indivíduo passa mais tempo em frente ao seu computador, Smartphone, IPad, Iphone e toda a geringonça tecnológica do que em qualquer outra coisa, desde de que esteja conectada à internet. Uma geração que vive os acontecimentos em tempo real e recebe a cada segundo toneladas de informações.
E neste contexto de mundo moderno, cada vez mais músicos, bandas e artistas se utilizam de serviços virtuais para expandir sua divulgação e, de certa forma, vender ou promover a sua arte a esta geração. Já se foram a época em que se imprimiam milhares de cartazes para shows e distribuíam pelas ruas da cidade, e bandas gravavam K7´s e, mais recentemente, cd´s demos com algumas músicas para levar até o bar ou rádio onde gostaria de tocar sua música. Hoje os cartazes são virtuais e mais eficazes, e qualquer pessoa tem acesso ao seu mp3 em infinitos sites de hospedagens de músicas e materiais, totalmente gratuitos.
Entre os meios de divulgação mais comuns hoje em dia estão o Facebook, Youtube e Tweet, com suas ferramentas e aplicativos de fácil manipulação a qualquer usuário.
Mas para tirar o tema a prova, entramos em contato com alguns músicos Caxienses para saber a sua opinião sobre quais são as vantagens e riscos de uma exposição tão massiva em redes sociais e de compartilhamentos. E quem responde desta vez são Marcos De Ros (ex-Akashic), Rodrigo Campagnolo (Exit11 / Electric Blues Explosion) e César Branco (Fighter).

A pergunta foi a seguinte:

HEAVYNROLL - Hoje em dia, com a era da internet sem fronteiras, o músico tem seus trabalhos divulgados em tempo real e, de certa forma, sem controle. Até que ponto as redes sociais, de compartilhamentos e acesso livre a seu material, ou sua imagem, podem ser benéficos? Quais são, também, os riscos?

Marcos De Ros
DE ROS - Eu acho que o grande lance é saber se adaptar aos novos tempos. Aproveitar as possibilidades de veicular o trabalho por canais mais independentes e criar sua base de fans virtuais. Os maiores problemas são exatamente a baixa venda dos CDs, que não é propriamente um risco, mas uma realidade. Existe também uma legião de "odiadores" compulsivos. 
Qualquer pessoa ou grupo que começa a fazer sucesso será vitima de uma "horda vampiresca" que ama odiar os trabalhos que dão certo! Na verdade, após aprender a fazer uma melhor leitura da personalidade do tipo de gente que faz essas criticas compulsivas, tu acaba compreendendo que a inveja deles é um tipo de elogio muito sincero, apesar de ofensivo e agressivo.
Mas cada um dá o que tem, então, da galera que não tem nada de bom para oferecer, você só pode esperar negativismo... Enfim, o lance é trabalhar com afinco que a coisa anda!
Abraços e inscrevam-se no meu canal do youtube, toda segunda-feira tem video novo (as vezes mais de um por semana!)
Valeu!!

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Rodrigo Campagnolo
CAMPAGNOLO - Há anos que músico não ganha a vida vendendo cd ou dvd, mas sim fazendo o show ao vivo. Esse negócio de downloads e acesso ao material de uma forma "free" já não é novidade.
Particularmente, acho que isso ajuda ao artista INDEPENDENTE em geral poder divulgar seu trabalho para um número de pessoas que jamais seria alcançado se esse artista "independente" fosse esperar uma gravadora cair do céu e divulgar seu trabalho.
Se eu faço download de um cd ou dvd de algum artista que gosto, é simplesmente porque:
1 - não se encontra nas lojas 
2 - se tem na loja o preço é absurdo.
Vídeos, fotos, músicas... se estão nas "redes sociais", são de domínio público. É a consequência de uma maior exposição. O risco real é que qualquer "artista de final de semana" consegue hoje em dia produzir um material e divulgá-lo extensivamente na internet e com isso aumenta o número mas cai incrivelmente a qualidade.
O que a maioria das pessoas quer é: FAMA,STATUS, SER CONHECIDO. Não interessa se é capaz ou merecedor, interessa são aqueles 15 minutos de fama tanto almejados e a internet é o paraíso para essas pessoas. Enquanto isso, nós músicos de VERDADE, seguimos sempre como fazemos desde antes da internet: sobrevivendo.
Mas é melhor ter 400 mil pessoas escutando sua música de graça do que alguns trocados no bolso pela venda de 14 cds...Se você conseguir levar seu show, sua música, ao vivo, para essas pessoas, aí a coisa começa a mudar...


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César Branco
CÉSAR Na minha visão, o fato de hoje o músico poder contar com tais ferramentas só vem a agregar. Não há como movimentar um trabalho sem a boa e velha divulgação.As redes socias são um verdadeiro pote de ouro, ferramenta preciosa para quem deseja expandir o seu trabalho da melhor forma.
O acesso livre ao material faz parte. Depende de o quanto e como o músico expõe o seu trabalho e imagem.
Não só a internet, mas, tudo hoje em dia tem seus riscos. Pessoas mal intencionadas existem em todos os lugares e áreas de trabalho (infelizmente).
Os músicos/bandas, querendo ou não, acabam assumindo uma postura natural de (figura pública); logo, 
existe sim o risco, porém, é necessário sempre cuidados específicos na hora vender e divulgar o trabalho na internet.
Mas o importante, é saber até que ponto e forma deve se divulgar e se expor; é uma questão pessoal de cada um e todos acabam achando seu jeito de fazê-lo. O fato real, 
é que não se pode abrir mão da internet de maneira nenhuma, ela é muito válida, e, no que diz respeito a divulgação, é a ferramenta mais poderosa nos dias de hoje.



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