Matéria Especial: Os Lançamentos de 2010
qu2010 foi um ano meio fraco, mas com muitos lançamentos relevantes ao cenário rock e metal de Caxias. Vimos o Roxx Rock Bar fechar, perdemos o lendário e querido baterista Mário Passtor para o câncer e uma tensão em volta dos rumos que nossa música autoral tomaria, já que no primeiro semestre a coisa estava bem fraca em termos de shows, apesar de ter acontecido a Festa da Uva neste período.
O segundo semestre deu um um ânimo maior, o Vagão Bar comprou o ponto do Roxx e deu início ao Vagão Classic, começaram a ressurgir os festivais de rock, como o Upir Rock Festival, que teve 3 edições em 2010, Eco do Rock e outros movimentos de bandas que se uniram para mostrar o seu trabalho como o Na Estrada Rock Fest, além dos já tradicionais festivais como o Moinho da Estação Blues Festival, Manifestasol e o Natal do Metal.
Mas o que mais chamou a atenção foi o alto nível dos trabalhos lançados no ano que passou. Em janeiro tivemos o lançamento do single "Earthquake" da banda de death metal Predator, que não mostrou uma sonoridade tão produzida como em "Homo ínfimus" mas mesmo assim mostrou que a banda continua afiada tecnicamente em suas composições, com muito peso e quebradas de tirar o fôlego.
2010 também lançou trabalhos de bandas novas que tentam seu "lugar ao sol", uma delas é a banda Viollet, que lançou a demo "Quanto Vale a Liberdade" e traz um rock juvenil mas ao mesmo tempo com uma maturidade instrumental impressinante, e claras influências de GNR nos tempos primordios. Por se tratar de uma demo a sonoridade até está bem legal. O trabalho conta com 7 músicas que vão desde o rock de "A Dama e o Vagabundo", a pesada "Quanto Vale a Liberdade" até a balada "Bellarina", e tem a música cantada em inglês "Sin", muito boa por sinal. Vale a pena dar uma conferida.
Outro grande trabalho lançado em agosto do ano passado foi o segundo trabalho do Exit11, intitulado "All Exits Are Closed". Só o fato de ter um dos melhores guitarristas brasileiros, Rodrigo Campagnolo, no line up já faz a diferença. O álbum pesadíssimo, influenciado por Black Label Society e System of a Down, passando por claras referências a Black Sabbath, traz em suas 11 faixas letras ásperas, indignadas e agressivas. Já na primeira faixa,"Get Ready to Rock" somos convidados a bater cabeça junto com a banda, e ela também deu luz a um vídeo clipe. Em "All Exits Are Closed" somos levados a um clima tenso e moderno, mas o peso mesmo vem em "7th Son of Sabbath", bom... o nome diz tudo. Enfim, é um álbum muito diferente do seu antecessor "Just Inside My Head?", a começar pelo fato de que quem assume os vocais definitivos a partir deste trabalho é o próprio Rodrigo Campagnolo, e manda muito bem! Um álbum indispensável aos metaleiros caxienses.
Se tem uma banda em Caxias que sabe se utilizar do marketing é o Hecatombe. Desde 2009 vem fazendo um trabalho fantástico de divulgação de seu mais recente trabalho, o DVD "Crossing No-Fly Zone", um trabalho digno de 1º mundo. O DVD mostra a performance ao vivo da banda em um hangar do aeroporto, além de video clipes promocionais das músicas novas contidas no Ep "Forcefulness" que foram disponibilizadas para o público sistematicamente ao longo do ano até o lançamento oficial. O Hecatombe não é uma banda nova e o entrosamento fica evidente em cada faixa e cada trabalho realizado, mostrando sempre coisas novas e sua evolução musical ao longo dos anos.
Se tem uma banda em Caxias que sabe se utilizar do marketing é o Hecatombe. Desde 2009 vem fazendo um trabalho fantástico de divulgação de seu mais recente trabalho, o DVD "Crossing No-Fly Zone", um trabalho digno de 1º mundo. O DVD mostra a performance ao vivo da banda em um hangar do aeroporto, além de video clipes promocionais das músicas novas contidas no Ep "Forcefulness" que foram disponibilizadas para o público sistematicamente ao longo do ano até o lançamento oficial. O Hecatombe não é uma banda nova e o entrosamento fica evidente em cada faixa e cada trabalho realizado, mostrando sempre coisas novas e sua evolução musical ao longo dos anos.
Destaque vai mesmo para a incrível voz de Benhur Vieira Lima (Darkest Seed/Anaxes/Hibria) e também é o baixista da banda, que mostra muita maturidade e feeling em suas linhas. Apesar de melancólico, é agradável de se ouvir.
E já no finalzinho do ano, quando não esperávamos mais nada em termos de produção musical por aqui, surge "Dias Cinzas" do Álgida. Um álbum tenso, melancólico que como diz a banda "não é algo para se divertir ou ficar alegre". Já na primeira demo "Vazio" banda já emplacou um clássico, pelo menos para o HeavynRoll que foi a música "Flores do Mundo", inclusive com um video clipe gravado em stop motion. Já no álbum propriamente dito a própria música citada ganhou uma outra sonoridade, inclusive a minha única crítica é em relação a este ponto, pois achei a bateria um pouco estranha, não sei se é eletronica ou acustica, mas o fato é que está um pouco alta e as guitarras baixas. Fora isso o álbum, que contém 16 faixas é um deleite para os amante do rock alternativo no bom estilo The Cure. O destaque vai para a ótima arte gráfica da capa e encartes.
Dito isso, estarei publicando uma enquete para eleger os 5 melhores trabalho de 2010 tanto no Blog quanto na comunidade do Orkut, então vote!
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