[Entrevistas] ANDRÉ VIEGAS: "Tudo o que eu vivencio se reflete na minha música."


André Viegas, um dos mais respeitados e talentosos músicos de Caxias do Sul está para lançar oficialmente este ano o seu primeiro CD solo, o instrumental "New Horizons". Este trabalho é um resultado de muita pesquisa e talento, com muita riqueza de detalhes, inclusive na utilização de instrumentos exóticos, como a Kalimba, Sítara, percussões orgânicas, loops e elementos eletrônicos. E para falar mais a respeito fizemos uma entrevista onde André fala de sua vida musical e detalhes da concepção de New Horizons.

HEAVYNROLL – Seu interesse musical começou cedo, já com 10 anos de idade dedilhava no violão e aos 13 iniciou suas aulas de violão clássico. Como este interesse pela música despertou tão cedo em você? Conte um pouco dessa formação.

ANDRÉ - Tive o primeiro contato com a música através dos meus pais. Eles mostravam pra mim e pros meus irmãos álbums dos Beatles, Deep Purple, Led Zeppelin, Queen, PinkFloyd, Iron Butterfly, Carpenters, tudo em vinyl mesmo. Mas o que realmente mudou minha vida foi um dia que um tio meu me mostrou um disco do Van Halen, era o 5150. Eu lembro que eu ouvi aquilo e eu pensei: eu quero tocar guitarra! Mais tarde, eu comecei a curtir outras bandas, eu e meus irmãos assistíamos videoclipes no programa Tele Ritmo, antes da MTV, e muito antes da internet e do Youtube. Lembrando disso hoje em dia é até engraçado: a gente deixava o videocassete com uma fita já no ponto pra gravar algum clipe que a gente gostava. Era na época do Guns and Roses, Nirvana, no final dos 80 pro começo dos 90.
Quando eu tinha uns 10 anos, minha mãe tava fazendo aulas de violão, e eu e o Gustavo pegávamos o violão dela pra tocar, de forma autodidata claro. Até fiz umas poucas aulas com o professor Carlos Jardim, mas não me empenhei muito. Com 13 anos, comecei a fazer aulas de violão clássico na Pró-Música, aprendi a ler e escrever partituras e comecei a desenvolver técnica, interpretação musical. Eu fiz parte da orquestra de violões da escola, isso me ajudou a ter uma idéia de como tocar em grupo, como trabalhar com mais de uma linha de violão. Com 18 anos eu comecei a lecionar violão numa pequena escola de Caxias do Sul que não existe mais, e então pude comprar minha primeira guitarra de verdade. Eu sempre quis tocar profissionalmente, e meus 2 irmãos mais velhos (João Viegas e Gustavo Viegas) já tocavam em suas primeiras bandas e começavam a aparecer no cenário musical Caxiense.

HEAVYNROLL - Uma das bandas que você tocou foi a T-Rox, que contava com músicos experientes como Sando Stecanela (ex- Akashic, Miss Liz), Fabio Alves (ex- Akashic), Paulo Yohan (Miss Liz) e Beto Fonseca (ex-Exit 11), no qual gravaram um CD chamado “Mais uma de Rádio” lançado em 2003 pela gravadora Fran Discos. Como foi esta experiência na sua vida, já que gravou este disco com apenas 21 anos? Por que saíste da banda?

ANDRÉ - No começo foi até estranho, eu costumava assistir e admirar todos esses músicos e de uma hora pra outra eu estava tocando com eles. A gente tinha ensaios fixos durante a semana e trabalhávamos muito pra deixar a banda afiadíssima pros shows. Eu era 10 anos mais novo que eles (e continuo 10 anos mais novo, hehehehe), todos tinham muita experiência de palco e estúdio, e mesmo assim todos me respeitavam, pois apesar de minhas limitações quanto à maturidade (tanto musical quanto psicológica), eu mostrava talento e me esforçava. Aprendi muito com cada um deles, e agradeço a oportunidade de ter gravado o disco e de ter estreado nos palcos com uma banda desse nível. Depois de mil promessas não cumpridas por parte do selo, não fazia muito sentido pra mim continuar, eu já tava “de saco cheio”. O Sandro chamou o Alex Rech pra entrar no meu lugar e foi assim. Nessa mesma época, eu e o Juliano Brito já estávamos ensaiando o que mais tarde se tornaria o Trio Âmbar.

HEAVYNROLL - Com o Trio Ambar lançou um Cd em 2005 chamado “Mosaico” e que foi muito bem aceito pela crítica e público. Este Cd foi lançado através do Fundo Pró Cultura e os levou a fazer shows por toda a região sul do país. Quem mais fazia parte deste trio?

ANDRÉ - A idéia inicial do trio era um grupo de estudo das peças do lendário trio formado por Al Di Meola, Paco de Lucia e John McLaughlin. No começo, era formado pelo Juliano Brito e pelo Daniel Suliani (Abominattion), daí eu entrei pra fechar o trio. O Daniel não pôde continuar, mas eu e o Juliano continuamos tocando e estudando juntos. Daí veio a ideia de gravar um CD, eu tinha algumas músicas prontas e o Juliano também. A gente chamou o Giovani Capelleti, que era professor na mesma escola que eu e o Juliano nessa época, e cada um trouxe seu estilo e suas idéias para o trabalho. Resolvemos então entrar com um projeto de um CD autoral em 2005 pelo Fundoprocultura, e foi aprovado de primeira!
A partir daí foi uma correria de ensaios pra arranjar, estudar e gravar tudo dentro do prazo do projeto, mas deu certo. A gente se apresentou muitas vezes em Caxias na Casa da Cultura, Zarabatana, Teatro do Ordovás, Feira do Livro. Em Porto Alegre tocamos uma vez num pub e outra num auditório do Teatro São Pedro, e em Florianópolis nós tocamos num Conservatório de música. Em outubro de 2006 fizemos a última apresentação juntos num festival instrumental aqui em Caxias. Me orgulho muito do nosso trabalho, foi uma ótima experiência. Espero ainda poder trabalhar com o Juliano e o Giovani num futuro próximo.

HEAVYNROLL - Como você vê este incentivo do governo aos músicos que querem ver seu trabalho concretizado?

ANDRÉ - O Fundoprocultura eu considero um dos maiores trunfos de Caxias do Sul na área da Cultura. Não preciso dizer que não seria possível eu estar aqui hoje sem o benefício de ter 2 CDs aprovados pelo Fundo. A realidade de um músico em Caxias do Sul é complicada, não preciso nem comentar o preconceito que nossa classe sofre. Então eu vejo qualquer incentivo, governamental ou não, para facilitar a arte como uma benção para a cidade, e tenho certeza que não sou o único que pensa assim. Em São Paulo, na última Expo music em 2008, pessoas de vários lugares do Brasil para quem eu entregava o CD me perguntavam o que é esse tal Fundoprocultura que eles enxergam nos CDs da galera de Caxias. A maioria das cidades de interior sequer tem Secretaria de Cultura, quem dirá uma dádiva dessas. Então, não temos do que reclamar.

HEAVYNROLL - Depois de todos estes trabalhos, a mais alguns não mencionados, atualmente você integra o grupo de dança contemporânea Matheus Brusa, do qual faz a trilha sonora do espetáculo Bipolar, que conta com artistas de Caxias do Sul e da Bahia. Como este convite surgiu e fale mais um pouco sobre esse intercâmbio.

ANDRÉ - O convite na real foi estendido pra mim pelos meus irmãos, que já trabalhavam com ele desde o começo de 2007 na formulação do espetáculo anual do grupo do Matheus. Eu fiz uma trilha eletrônica pra uma das coreografias nesse espetáculo, que trazia meus dois irmãos na trilha sonora de outras coreografias. Então eles me convidaram pra fazer parte da criação da trilha desse novo projeto.
O Bipolar tinha uma proposta de comparativo entre dois pólos diferenciados no palco. A parte musical era totalmente experimental, usamos guitarras e baixo carregados de efeitos, percussões com objetos estranhos (canos, isqueiro, fogareiros, jarras, gamelas, entre outros), Djembe, Bombo Leguero, Berimbau, além de um instrumento eletrônico muito curioso chamado Theremin. A trilha sonora que criamos é muito tensa e nós gravamos posteriormente em estúdio para uma produção e lançamento futuro aproveitando este trabalho. Na parte da dança, tinham 2 bailarinos de Caxias que eram o próprio Matheus e a Raquel Alquatti, tem também a Vanessa Mello de Salvador e o Léo Chagas de Recife. Foi uma temporada muito louca, eles vinham pra cá e ficavam 2 semanas nas quais a gente trabalhava de segunda a sábado (às vezes até no domingo), depois a gente ia pra lá e era a mesma correria. Entre ensaios e apresentações, foram 2 viagens do pessoal de lá pra cá, e 3 viagens nossas pra Salvador. Foi tudo muito intenso em todos os sentidos. Salvador é uma cidade que respira arte e cultura, onde o pessoal muito mais aberto ao saudável hábito de apreciar espetáculos de todos os tipos, em teatros, ao ar livre... E isso se reflete até nas bandas e músicos que tocam na noite. É simplesmente inacreditável o nível, não dava pra acreditar que aqueles shows eram em barzinhos. Nesse sentido, Caxias tem muito ainda a amadurecer, pessoal poderia freqüentar mais o teatro, e até sair pra assistir um bom show num pub. Aqui também temos muitos músicos de nível espetacular, e é triste sentar num teatro pra assistir a um concerto de piano com 30 pessoas na platéia. Isso demostra que vivemos em uma cidade com uma mentalidade um tanto atrasada.



HEAVYNROLL - Depois de conhecer seus trabalhos, vemos em você uma pessoa bem eclética e aberta a muitas experiências construtivas para sua música. Seria esta explicação para que o álbum New Horizons tenha uma sonoridade tão diferenciada, e que nos faz viajar por muitos caminhos não convencionais? Estas experiências estão refletidas neste álbum?

ANDRÉ - Com certeza, tudo o que eu vivencio se reflete na minha música. Não só musicalmente falando, o dia a dia, a rotina... Tem uma música do CD chamada “Mirage” que tem um final estilo árabe, e isso foi de tanto ouvir “de tabela” as músicas de dança do ventre da minha mãe!! Eu acabo assimilando tudo o que eu ouço ou vivencio, e tento aproveitar essas idéias da minha maneira. Mas esse novo CD representa muito mais pra mim, é como virar uma página da minha vida. Desde que eu tinha uns 14 anos, meu sonho era lançar um trabalho instrumental de guitarra, e eu finalmente consegui, e o melhor ainda, veio na hora certa. Se eu tivesse gravado antes, não seria um trabalho tão maduro. Eu escrevi, arranjei e produzi todas as músicas, e isso foi muito difícil, aprendi muito durante esse processo, e continuo aprendendo.

HEAVYNROLL - Qual a expectativa para lançamento deste CD há planos de uma distribuição de nível nacional, e até mesmo internacional? Como tem sido a aceitação deste álbum e quem está ouvindo André Viegas no momento?

ANDRÉ - Bom, o álbum era pra ter chegado em minhas mãos na metade de 2008, daí eu poderia ter feito um show legal de lançamento no 2º semestre. Acabou chegando só em Novembro, então eu estou “segurando” a divulgação maior dele pra março. Mas já enviei algumas cópias pra São Paulo e Brasília, pra alguns contatos interessantes e revistas especializadas em guitarra. Eu fiz um show de lançamento em Caxias, que foi no último Natal do Metal do Revival Rock Bar. Nessa ocasião, o show foi filmado com 3 câmeras e o áudio dos instrumentos foi gravado separadamente. Estou mixando o áudio e o vídeo e esse material vai pro Youtube e também para um DVD promocional que pretendo usar para ajudar na divulgação. A banda que tocou comigo foi meu irmão João Viegas na bateria e o Benhur Lima no contrabaixo. A gente usou também trilhas disparadas de um computador para complementar os arranjos de guitarra, piano e outros instrumentos que não dava pra reproduzir ao vivo sem ter mais músicos no palco. O resultado está ficando ótimo e em breve eu postarei os vídeos na net. Quanto ao show oficial de lançamento, prentendo fazer uma apresentação muito bem produzida ainda nesse primeiro semestre do ano, dessa vez num teatro com palco grande. Esse show também será gravado, dessa vez para um DVD oficial, mas tudo isso ainda está em fase de planejamento. Internacionalmente, eu vou enviar para o máximo de contatos possíveis, nunca se sabe o que pode acontecer.



HEAVYNROLL - És professor de guitarra e colunista do site Guitar Clinic, do qual aborda assuntos referentes à técnica das 6 (ou 7) cordas, e pegando carona neste assunto, a que se deve a sua técnica tão peculiar? Seriam seus estudos de violão clássico que abriram portas para uma percepção e conhecimento maior de harmonia e improvisação? Exemplo disso é na música “Fantastic Realism Suit... Gipsy Fairy Tale”, da qual beira a perfeição em todos os sentidos.

ANDRÉ - Nossa, em primeiro lugar, muito obrigado pelo elogio!! Acho que a tal “perfeição” é algo que assombra a maioria dos artistas de verdade, pelo menos os que eu conheço. É uma meta que eu sempre tento atingir, mas eu mesmo nunca vi nos meus próprios trabalhos. Realmente, “Gipsy Fairy Tale” é uma música que eu tenho muito orgulho de ter feito, é uma das minhas composições preferidas. Eu estava guardando ela pra um segundo trabalho do Trio Âmbar, mas achei que ela se encaixou perfeitamente no contexto do meu CD. Falando sobre técnica, acho que o que chama mais atenção são boas idéias musicais, e não exageros, pois eu estudo a técnica para poder me expressar melhor no instrumento, não pra provar nada pra ninguém. É lógico, uma boa tocabilidade chama muito a atenção, e Caxias do Sul tem tradição de guitarristas excelentes. No Guitar Clinic, minhas colunas mostram muito das minhas idéias de técnica aplicadas no fraseado, muitas colunas eu escrevi mostrando partes das músicas do CD.

HEAVYNROLL - Elementos latinos e flamencos adicionados de forma magistrais que se misturam a momentos clássicos e modernos tornam “New Horizons” impecável. Já em “Artificial Intelligence” há elementos techno quebrando um pouco o clima das faixas anteriores, mas dando a palavra final em ecletismo do trabalho. Como você vê a tecnologia de hoje em benefício da música, que possibilita essas misturas de elementos “ortodoxos” a recursos modernos como samplers e loops?

ANDRÉ - Acho que se a tecnologia for usada de forma prudente, para somar e não deturpar a música, então o resultado final pode ser algo muito interessante. Eu gosto muito de música eletrônica e pesquiso os estilos dentro dela, as características de cada um, sintetizadores para buscar bons timbres, não é algo do tipo “copiar e colar loops prontos”, realmente foi um trabalho de pesquisa. E devo dizer por experiência própria que passei a respeitar muito mais os produtores de música eletrônica, pois é muito difícil atingir bons resultados sem tudo virar uma zona. Hoje em dia, boa parte das minhas novas composições tem elementos eletrônicos, e quero continuar usando esses recursos em favor da música. Mas, lógico, cada coisa em seu lugar. Não pretendo largar a guitarra e virar DJ ou fazer remixes dos clássicos do rock para House dançante.

HEAVYNROLL - “Poisonous Intravenous Experiment” é para amantes de Jason Becker e Cacophony! Climas enigmáticos e performances incríveis de Bruno Pinheiro Machado (Anaxes) eCássio Vianna (Anaxes). Cada um tocando a sua maneira mas ao mesmo tempo bem coeso. Esse tipo de parceria deveria ser mais efetiva entre nossos músicos, tu não acha?

ANDRÉ - Nossa, conseguiste captar o espírito da música!! É basicamente uma homenagem ao Jason Becker, que é uma das minhas maiores influências musical. Essa música inteira tem 3 canais de guitarra que se alternam em bases, solos e dobras incessantemente, devo dizer que foi uma trabalheira criar e gravar ela. Mas valeu a pena. E as participações do Bruno e o do Cássio deram um toque final na parte dos “duelos” de guitarra. O Bruno é um dos guitarristas mais talentosos que eu conheço, eu adoro o fraseado e a pegada dele, sem falar que é um compositor de mão cheia. O Cássio eu não preciso nem comentar né, é um dos seres mais musicais que eu já tive o prazer de conhecer, no CD solo dele ele gravou todos instrumentos de forma inacreditável. Eu fiz uma participação no CD dele e ele fez no meu. É um prazer e um privilégio ter esses solos convidados no meu trabalho, e nos próximos pretendo convidar outros guitarristas e músicos. E realmente acho que esse tipo de parceria deveria ser mais presente nos trabalhos dos músicos de Caxias do Sul.

HEAVYNROLL - Fale da música em Caxias, dos músicos e de como você vê a cena em nossa cidade.

ANDRÉ - Caxias do Sul é uma cidade abençoada musicalmente falando. Temos verdadeiros fenômenos da música por aqui e também bandas e músicos emergentes que estão dando o que falar. Mesmo assim, em todo meu tempo de estrada, vi muitos altos e baixos, em todos os sentidos. No momento atual, Caxias quase não tem palcos para os músicos profissionais que tocam na noite. Nos poucos lugares que contratam música ao vivo, muitas vezes o equipamento de som deixa a desejar, e isso prejudica a todos, desde o músico que tá se expondo com um equipamento de som meia boca, o público que não ouve a banda direito (e sai achando que a banda é que é ruim) até o dono da casa que acaba torrando seu filme. Termina o show da banda, tacam o som eletrônico no triplo do volume, isso sem falar nos cachês que as casas oferecem pros músicos locais. Na época do Quinta Estação, Mosteiro e outras casas, as bandas tinham equipe de roadies, operador de som pro P.A. e pro palco, operador de luz, transporte, tudo incluso no cachê. Hoje em dia, quando dá pra pagar um operador de som é muito. Parece que estamos regredindo e a coisa piora mais e mais. O fechamento do Revival é uma das maiores lástimas para Caxias, era um dos poucos bares que respeitavam e buscavam a melhor solução para a casa e para a banda, sem tentar se aproveitar. Os músicos de Caxias acabam optando por fontes alternativas de renda, ou encontrando espaço em casas de outras cidades, aonde o tratamento é melhor e os cachês mais justos.

HEAVYNROLL - O Viegas Trio é uma banda entre irmãos e que oferece um espetáculo de casa cheia onde toca. Como é tocar em família, já que são 3 músicos muito talentosos e de destaque na cidade? O que vocês andam tocando por aí?

ANDRÉ - Tocar em família é muito bom porque é algo muito verdadeiro. É um momento único pra mim, eu tenho a sorte de ter como irmãos dois dos melhores músicos com quem já dividi o palco, e a gente se sintoniza de uma maneira que eu não consigo fazer com mais ninguém. Antes do show a gente conversa e se abraça, depois do show a gente se cumprimenta e se parabeniza. São meus companheiros de música, de profissão e de vida. Eu sou muito fã dos dois e espero continuar tocando com eles até o fim da minha existência terrena, e até além se possível (risos). Hoje em dia a gente tem um repertório mais voltado pro Rock & Roll onde rolam muitos momentos instrumentais, trabalhando improvisos com dinâmicas, divisões de tempos malucas. Mas nada é ensaiado, tudo é muito espontâneo, cada show é um show, cada música é uma música, e nunca vai sair igual no próximo. Também fazemos grupo de estudo para outros estilos, pois estamos num processo de aprendizado constante, sempre se reciclando.

HEAVYNROLL - Pretende fazer algo autoral no Viegas Trio, gravar alguma coisa aproveitando esta concentração de talento?

ANDRÉ - Com certeza. Nesse primeiro semestre do ano vai ser um pouco difícil de acontecer, pois cada um de nós está envolvido em outros projetos que tomam muito tempo. Mas quando acontecer, quero voltar todo meu foco para esse trabalho. Por enquanto, temos a trilha doBipolar que em breve estará mixada e masterizada.

HEAVYNROLL - Bem, chegou o momento de registrar algumas palavras para seus fãns e também a aqueles que a ainda não conhecem o seu trabalho o que esperar de André Viegas para um futuro próximo.

ANDRÉ - Não sei se tenho tantos fãs assim por aí, mas aos amigos, parceiros e todo mundo que assiste e ouve meu trabalho, muito obrigado pela força. É muito gratificante pra mim receber a atenção de vocês, e vou continuar estudando, compondo, gravando, tocando, enfim, trabalhando para lançar cada vez mais material e cada vez com mais qualidade. Muito obrigado HeavynRoll Messenger pela oportunidade, meus parabéns pela iniciativa de divulgar a música de nossa cidade. Caxias agradece o trabalho de vocês.

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5 Maiores Influências
Guitarristicamente falando, eu poderia citar (entre muitos) Eddie Van Halen, Paul Gilbert,Jason Becker, Blues Saraceno e David Gilmour.

Musicalmente falando, eu gosto muito de compositores que procuram sonoridades diferenciadas, como o Mathew Bellamy (Muse), Daniel Johns (Silverchair e Dissociatives), Josh Homme (Queens of the Stone Age) e das trilhas sonoras do John Williams e Danny Elfman. 

Lista dos 10 álbuns que marcaram a vida de André Viegas
Caccophony – "Go off"
Van Halen – "Van Halen II"
Al di Meola, Paco de Lucia & John McLaughlin - "Friday Night in San Francisco"
Nirvana - "Nevermind"
Joe Satriani – "Surfing With the Alien"
Symphony X – "The Divine Wings of Tragedy"
Muse – "Hullabaloo"
Eric Clapton – "Unplugged"
Pink Floyd – "Meddle"
Nara Leão – "Garota de Ipanema"
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